CUIDE DE SEU CORAÇÃO, PROTEJA SUA VIDA!!

Você sabia que setembro é o mês de prevenção e combate à doenças cardiovasculares?

No próximo dia 29 comemora-se dia mundial do coração, por isso há alguns anos o mês de setembro foi “batizado” de setembro vermelho.

Grande parte dos problemas cardiovasculares são provocados por fatores que poderíamos evitar, cuidar do coração está ao nosso alcance, que tal começarmos prestando atenção nos fatores listados abaixo, extraídos do site do Hospital do Coração:

Conheça 8 fatores que podem contribuir para a incidência de casos de doença do coração:

  • Estresse – Muita tensão não faz bem, pois libera altos níveis de adrenalina e cortisol, gera arritmia e sobrecarrega o coração.
  • Colesterol – Há 2 tipos, o LDL que é ruim, porque eleva os riscos de infarto, e o HDL que é bom, pois reduz riscos de formação de gordura.
  • Diabetes – Nos homens, a doença pode aumentar em 40% o risco de infarto e nas mulheres sobe para 50%.
  • Gordura abdominal – Se for homem e a medida for superior a 94 cm, ou mulher e a cintura medir acima de 80 cm, deve tomar cuidado!
  • Hipertensão – O fluxo de sangue nas artérias fica dificultado com a pressão alta podendo provocar infarto, AVC e insuficiência cardíaca.
  • Obesidade – O acúmulo de gordura pode provocar insuficiência cardíaca e gerar outros fatores de risco.
  • Tabagismo – O cigarro é inimigo do coração. O fumante tem o dobro de risco de ter um ataque cardíaco.

QUEDA DE CABELO EM SITUAÇÕES LIMITES

Olá, Pessoal.

Tudo bem com vocês?  Espero que sim…

Como foi o final de semana, aproveitaram bastante? 

Bom como sabem, sou fã do blog Tricologia Médica do Dr. Ademir Junior, sempre dou uma “fuçadinha” no blog dele, gosto muito da maneira como ele aborda o assunto da queda, bem diferente de alguns profissionais que vemos por aí.

Segue mais um texto extraído do blog dele, espero que gostem.

Beijocas e uma linda semana para todos,

Claudinha

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Tenho observado um crescente número de pacientes chegando à minha clínica que vivem ou vivenciaram recentemente, situações que chamarei de situações limite.

Entendo por situações limites aquelas em que o paciente está colocando sua mente ou corpo em padrões extremos de condições ou comportamentos. São casos assim os atletas de alta performance, obesos mórbidos, anoréxicas, bulímicas, pessoas que fazem dietas rigorosíssimas, vigoréxicos (aqueles que exageram no treino físico e passam horas na academia), e aqueles que ficam submetidos a estresses rigorosos na vida pessoal ou no trabalho.

Qualquer uma dessas situações exigirá do corpo uma capacidade de adaptação e reparo tão significativa que, muitas vezes, torna-se quase que improvável que ocorra sem o comprometimento da saúde. A perda de cabelos pode ser um desses sinais provocados por situações limites.

Alterações do metabolismo corporal são frequentes nesses casos e, insisto, se não houver um acompanhamento por parte de profissional de saúde para que haja uma compensação nutricional ou reequilíbrio de hábitos e metabolismo, certamente o paciente experimentará problemas de saúde variados.

Atletas de alta performance (competição) costumam ter uma equipe que os orienta para diminuir o índice de risco para a saúde, mas mesmo assim podem sofrer com alterações do padrão hormonal, por exemplo. É comum termos a parada da menstruação nas mulheres que competem em atividades esportivas. Trata-se então do corpo mostrando à mulher, no caso à atleta, que há uma mudança em seu organismo provocada por essa situação limite. Ainda sobre atletas de competição, cabelos podem cair ou enfraquecer em homens e mulheres em virtude de novos padrões hormonais e metabólicos que esse corpo desenvolve.

Obesos mórbidos, assim como pessoas anoréxicas e bulímicas, normalmente desenvolvem mudanças no comportamento hormonal que podem provocar problemas capilares. Além do que, nesses casos, os hábitos alimentares por sí só prejudicam os cabelos seja nos casos de excesso ou de privação de alimentos.

Pessoas que se submentem a dietas rigorosas apresentam perfil nutricional insuficiente para o bom funcionamento do organismo. Esse tipo de comportamento, que pode ser uma escolhada própria pessoa, muito mais do que uma necessidade de redução do consumo alimentar em si,  costuma ser prejudiciai para os fios de cabelo reduzindo sua qualidade e facilitando o desenvolvimento de quedas capilares.

Por fim, o estresse severo mexe com muitas substâncias químicas do nosso corpo. Em condições de estresse o organismo trabalha de forma adaptada para nos facilitar uma melhor função de alguns tecidos. No caso do estresse psíquico, a função cerebral é privilegiada. Naqueles com estresse fisico, as funções cardiovasculares são as que acabam recebendo maior atenção do nosso corpo. Mas o problema do estresse severo não reside no privilégio que o corpo dá a alguns tecidos, mas sim no conjunto de substâncias químicas produzidas pelo nosso corpo em situaões de estresse. Essas costumam ser muito prejudiciais aos cabelos e atuam de forma a inibir o crescimento dos mesmos provocando enfraquecimento e quedas dos fios.

Em breve escreverei sobre como tratar os pacientes com problemas capilares e que vivem em situações limites como as citadas acima.

COMO LIDAR COM O ESTRESSE NO TRABALHO

Por Claudia Grycak

Por conta da correria toda que estamos tendo na empresa em que trabalho, nenhum tema poderia ser mais oportuno para o dia de hoje do que o estresse no trabalho.  Todos estamos ansiosos, por conta da inauguração de uma nova loja que ocorreu ontem e isso tem deixado os nervos de todos a flor da pele. 

Os colegas de trabalho não compreendem que determinados assuntos dependem de ordem superior e adoram esgotar a paciência alheia.  Desde segunda feira as coisas estão mega turbulentas, estamos literalmente no olho do furacão.  Cobrança, pressão exagerada, falta de comando em alguns departamentos, excesso de líderes em outros deixam as coisas mais complicadas ainda.

Ontem cheguei num nível de estresse fora do comum, mas nada como as gracinhas da minha pequena Luiza para me fazer esquecer o dia de ontem!!

Por todos esses motivos, hoje vou postar um texto de Deepak Chopra adaptado por Cecília Shibuya, publicado no site: www.mulherdeclasse.com.br, espero que gostem.

Beijocas, Claudinha

Viver com qualidade e ter qualidade de vida é um assunto que tem preocupado as pessoas. Conciliar trabalho e vida pessoal ainda é um dos maiores desafios das pessoas, e em particular dos executivos, em face às muitas exigências do mundo moderno.  Dividido entre obrigações e vida pessoal, muitos dos profissionais se ressentem de não ter tempo para a família, lazer e saúde, e se “apavoram” quando começam a perceber e sentir os sinais de estresse em seu corpo, decorrente da agitação, pressões, cobranças, etc.

Em recente pesquisa realizada pelo International Stress Management Association (ISMA) que ouviu mil profissionais de diversos países, o Brasil liderou o ranking de horas trabalhadas por semana: com 54 horas, contra a média mundial de 41.  No quesito “exaustão física e emocional”, que avalia o nível de estresse do trabalhador, o Brasil registrou o segundo pior índice, ficando atrás apenas do Japão e superando países como China, Estados Unidos e Alemanha.  Os números apontados na pesquisa são fortes indicativos das atuais condições de trabalho no mercado corporativo brasileiro. O medo da demissão e as pressões de chefes e superiores, podem gerar no executivo um quadro de esgotamento físico e mental, popularmente conhecido como “estresse”.

Em nossa experiência e vivência profissional, temos deparado com casos extremos, onde o estresse tem impossibilitado trabalhadores de exercerem sua função no trabalho.  Para exemplificar melhor esta questão, relatamos o caso de um executivo de 52 anos, que foi obrigado a se aposentar devido ao alto nível de estresse. “Ele começou a fumar cada vez mais e depois seu quadro ampliou para apatia, insônia, mania de perseguição, que acabou resultando numa aposentadoria forçada.”  Apesar do extremo, o caso é um bom exemplo de como o estresse pode se desenvolver e prejudicar seriamente a vida de uma pessoa. No entanto, este problema tem cura e pode ser evitado com um amplo programa de prevenção, que inclui desde mudanças de comportamento até cuidados especiais com a alimentação.

Uma das principais atitudes de combate é “saber lidar com as diferenças de personalidade” no ambiente de trabalho. Muitas pessoas têm medo de ensinar o serviço para o colega de trabalho, temendo perder espaço na empresa. Porém, a melhor atitude neste caso é procurar “somar competências”, buscando manter-se constantemente atualizado dentro de sua área, podendo assim superar esta insegurança. 

O combate ao estresse pode também estar na prática de diversas formas de relaxamento, e terapias, como ioga e acupuntura, como também, adotar o hábito de praticar alguns hobbies.  Outro fator que o executivo deve também se ater na busca de uma melhor qualidade de vida não só no trabalho, como fora dele é sempre procurar ter atitudes preventivas. Perceber o mundo de forma positiva. Criar uma atmosfera de entusiasmo e harmonia. Mudar para melhor. Ter paixão pelo que se faz. Repensar as prioridades da vida. Aproveitar a Empresa para crescer. Equilibrar razão e emoção. Fazer mais concessões para si. Ter maior flexibilidade para lidar com as diferenças. Ter um bom relacionamento familiar e com os amigos. Planejar desde já o seu projeto de vida.  Sonhar, tentar, ousar…

ESTRESSE: CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS E TRATAMENTO

Texto de Dra. Claudia Maria Miranda

 

O estresse é desencadeado pela secreção hormonal de adrenalina e cortisol pela glândula supra renal a partir da recepção da mensagem enviada pelo Sistema Nervoso Central via simpática, em resposta a emoção, que poderá ter sido um pensamento de raiva ou medo, segundo Guyton e Hall, encontrado no livro Fisiologia Humana e Mecanismos das Doenças, contendo o estudo do funcionamento do corpo humano, estudo básico e obrigatório da grade curricular dos profissionais da saúde.

Esse processo de desencadeamento das ações físicas pelo pensamento, ou mente é denominado psicossoma, referindo a integração da mente “psico” e a resposta do corpo “soma” como esquema:  Corpo Psíquico-pensamento; emoção inconsciente e involuntária estimula o Sistema Nervoso Central Autônomo – Simpático enviando mensagem a glândulas supra-renais para que secretem hormônios precursores da adrenalina e cortisol provocando no corpo físico o aumento da frequência cardíaca; estimulação de liberação de glicose; inibição do sistema digestivo (fígado, pâncreas, estômago e intestinos); reabsorção de sódio com efeito antidiurético aumentando o volume sanguíneo e conseqüentemente a pressão arterial; diminuição da utilização da glicose ampliando seu nível na corrente sangüínea; degradação da massa muscular pela quebra das proteínas; aumento do nível de colesterol no organismo pela degradação das gorduras; diminui os linfócitos do organismo ocasionando em déficit do sistema imunológico e estimulação cíclica da secreção dos precursores de adrenalina e cortisol.

Este mecanismo fisiológico em resposta ao pensamento de medo ou raiva ocasiona a sobrecarga da “máquina humana”, também pelo acionamento das condições abaixo:

  • Elevação da Pressão arterial, gerando a Hipertensão que é considerada um fator de risco para doenças cardiovasculares;
  • Aumento do nível de glicose sangüínea, podendo resultar em Diabetes tipo II;
  • Aumento do nível de colesterol LDL, também um fator de risco para doenças coronárias e acidente vascular cerebral;
  • Supressão do sistema imunológico, favorecendo a instalação de doenças infecciosas e também diminuindo o combate as células cancerígenas;
  • Lentifica o processo digestivo possibilitando a obesidade;
  • Dificulta a capacidade de concentração desfavorecendo a memória;
  • Aumenta as chances de exposição ao álcool e todas as outras drogas;
  • Dores musculares;
  • Distúrbios do sono;
  • Desenvolvimento de fobias, (medo de assalto, acidente, golpes e etc.);
  • Cansaço mental, depressão e irritabilidade.

Como podemos perceber, o estresse, tão eufemizado, mesmo no âmbito da área da saúde, como algo meramente emocional, tem um importante comprometimento físico, inclusive como um importante fator de risco das principais causas de óbito mundial na atualidade como: patologias cardiovasculares; câncer e doenças infecciosas.

Tratamento do estresse

É comum profissionais da saúde atuarem com orientações específicas, como: Agendar uma viagem, usufruir de passeios a parques; desenvolver a criatividade na busca de novas óticas voltadas às soluções; ocupar-se de algum hobby como: show, cinema, filmes, música, nutrição, yoga, meditação, entre outras atividades de lazer.

Entretanto, a maneira mais coerente, eficaz e efetiva para lidar com o estresse é a indicação de psicoterapia associada a psicanálise, já que se trata de uma causa emocional, pois, é imprescindível que o indivíduo seja submetido a técnicas específicas que possibilitem o desenvolvimento de métodos para trabalhar com suas emoções para que a partir desta habilidade, sinta-se fortalecido para mudanças comportamentais.

Quando o indivíduo só possui recomendações para amenizar o estresse como por exemplo uma viagem, sem ter empenhado-se ao auto-conhecimento ele mantém consigo sua condição emocional transformando esta viagem de lazer em compromisso, quando preocupa-se com o horário do café da manhã do Hotel, atraso dos traslados, assegura-se de atender o celular, irrita-se com parceiros de viagem, antevê seu retorno ao trabalho, enfim, vai e retorna no mesmo estado de estresse, que perdurará até trabalhar suas emoções ou exaustão física.

ESTUDO DO MANEJO DO ESTRESSE EM PACIENTES ACOMETIDOS POR ALOPECIA AREATA

Por Adriana Balthazar

Olá a todos.

Trago hoje um trabalho intitulado “ESTUDO DO MANEJO DO ESTRESSE EM PACIENTES ACOMETIDOS POR ALOPECIA AREATA”, publicado em 2009 na Revista Psicologia em Estudo. A autoria é de Latife Yazigi, Sérgio Baxter Andreoli e de Simone Maria Godinho.

A Simone é mestre em Ciências da Saude e eu há conheço desde 2005, quando ela era a psicóloga que acompanhava o grupo de Alopecia da UNIFESP.   Apesar do artigo ser de domínio público pedi a autorização para a postagem no blog e ela gentilmente autorizou.  O artigo é muito interessante e explicativo, creio que agradará a todos.

Boa leitura e Simone obrigada pelo apoio.

Bjinhos, Drica

ESTUDO DO MANEJO DO ESTRESSE EM PACIENTES ACOMETIDOS POR ALOPECIA AREATA

  • Latife Yazigi – Doutora em Psicologia. Professora Titular do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo
  • Sérgio Baxter Andreoli – Mestre e Doutor em Medicina. Professor Assistente na Universidade Católica de Santos e Professor Afiliado da Universidade Federal de São Paulo.
  • Simone Maria Godinho – Mestre em Ciências da Saúde. Psicóloga voluntária do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo¶ .

RESUMO

Alopecia Areata é uma dermatose caracterizada pela perda repentina de pêlos em uma única ou em várias áreas, na forma de círculo. Normalmente a perda se inicia no couro cabeludo, podendo também ocorrer em outras partes do corpo.  Fatores emocionais traumáticos são referidos como desencadeantes. Um grupo de 12 pacientes acometidos de alopecia areata foi avaliado por meio de entrevista psicológica e do método de Rorschach (Sistema Compreensivo por Exner), com vista a identificar as condições de personalidade dos pacientes no que se refere ao manejo do estresse. Todos os pacientes relataram episódios traumáticos em suas vidas que poderiam ser considerados como desencadeantes da doença, e nove apresentaram nítidas dificuldades no controle e manejo do estresse.

Palavras-chave: alopecia areata, fatores estressantes, método de Rorschach.

 Alopecia Areata é uma doença dermatológica que resulta na perda de pêlos e cabelos, de forma e extensão variáveis (Sampaio, 1978). É uma doença crônica cuja manifestação clínica fundamental é a queda de pêlos, localizada ou generalizada, sem sinais inflamatórios ou de atrofia.

Segundo Fitzpatrick (1993), são quatro os tipos de Alopecia Areata: (a) alopecia em áreas, com perda de cabelo em uma ou mais regiões do couro cabeludo; podendo se estender a outras regiões pilosas do corpo; (b) alopecia total, que compromete todo ou quase todo o couro cabeludo; (c) alopecia universal, que compromete todas as áreas pilosas do corpo; (d) alopecia ofiásica, que compromete a área marginal do couro cabeludo.

A característica inicial da lesão da Alopecia Areata é uma perda delimitada de cabelo, normalmente notada por parentes, amigos ou cabeleireiros. Em 60% dos casos, o couro cabeludo é a primeira área afetada; em outros, a queda de pêlos pode se dar nas sobrancelhas, nos cílios ou em outras áreas do corpo, inclusive as genitais (Sampaio, 1978; Rook, 1992; Fitzpatrick, 1993).

Após o aparecimento da primeira lesão, a evolução da Alopecia Areata se dá de maneira variável, observando-se casos de um único episódio de perda em pequenas áreas com repilação espontânea até casos de perda total dos pêlos em questão de dias. Ocorrendo uma perda discreta, a repilação pode se dar em poucos meses ou podem surgir novas lesões após um intervalo de três a seis semanas. Em outros casos, a perda inicial do cabelo pode ser difusa, levando a uma perda total dentro de um período de 48 horas. Casos existem em que esta perda pode continuar difusa, não chegando a ser total. Esta situação instável entre queda e repilação pode durar anos. Relatos de caso mostram pacientes com até 20 anos de história da doença, caracterizando a Alopecia Areata como uma doença crônica. Os fios de cabelo, quando renascem, apresentam-se finos e despigmentados, porém com o decorrer do tempo evoluem para calibre e cor normais (Dudley, 1979; Fitzpatrick, 1993).

As estimativas sugerem que cerca de 1,7% da população geral apresente pelo menos um episódio de Alopecia Areata durante a vida (Safavi et al., 1995) e ambos os sexos são afetados de modo semelhante (Fitzpatrick, 1993). Não há nenhum estudo sobre a incidência dessa doença na população brasileira.

O prognóstico da Alopecia Areata varia de acordo com sua forma clínica. Assim, perdas em áreas esparsas podem evoluir favoravelmente, com repilação espontânea, podendo o mesmo ocorrer em casos de perda total dos cabelos, em período de dias (Fitzpatrick, 1993). Já as alopecias total, universal e ofiásica apresentam pior prognóstico, uma vez que respondem menos aos tratamentos conhecidos.

A etiologia e a fisiopatologia de alopecia areata ainda permanecem obscuras, mas sabe-se que é uma doença multifatorial com componentes auto-imunes, atuando em indivíduos geneticamente predispostos (Rivitti, 2005).

O estresse emocional tem sido freqüentemente citado como desencadeador da doença. Assim, episódios traumáticos agudos, como divórcio, luto e perda de emprego, podem provocar desequilíbrio psicológico com conseqüente queda de pêlos no indivíduo (Perini et al., 1984; Backer, 1987; Invernizzi et al., 1987; Colón et al., 1991). A relação entre as questões emocionais da personalidade e distúrbios dermatológicos tem sido um desafio para os médicos que buscam aprimorar a efetividade da terapia dermatológica, uma vez que os mecanismos psicológicos ainda não estão claramente definidos. A demonstração científica da participação de fenômenos psiquiátricos na gênese de Alopecia Areata é muito difícil. A possível explicação bioquímica dos mecanismos patogênicos provocados por condições emocionais estaria na produção de neuromediadores capazes de interferir na imunidade (Rivitti, 2005).

Estudos identificaram, por meio de observações clínicas e avaliações psicológicas, influência marcada de ansiedade, depressão e mesmo de excitação pelos distúrbios de pele. Além disso, este tipo de doença produz evidentes alterações psicológicas pelo prejuízo na auto-imagem, devendo-se considerar a possibilidade de os fenômenos emocionais interferirem na afecção e a própria enfermidade produzir alterações psicológicas importantes (Rivitti, 2005). No caso da Alopecia Areata, freqüentemente é citado o forte impacto na área emocional e social em razão da perda dos cabelos e/ou pêlos (Delamere, 2008).

Reinhold (1960) refere a existência de uma interrelação com a depressão. Giuliane e Gentili (1986) citam trabalhos em que os pacientes alopécicos são identificados ora como neuróticos, ora como borderlines, ora como psicóticos (Russel & Wittkower, 1953; Greemberg, 1955; MacAlpin, 1958). Estudos revelaram que o efeito das doenças dermatológicas crônicas que afetam a imagem corporal, tais como Alopecia Areata, psoríase e acne, pode levar o paciente a pensamentos suicidas (Gupta, 1998). Além disso, autores identificaram distúrbios psiquiátricos em pacientes que apresentavam algum sintoma dermatológico crônico (Picardi, 2003) e relataram que a probabilidade de co-morbidades psiquiátricas em pacientes que não apresentaram melhora era três vezes mais alta do que nos que melhoraram. Em contrapartida, Paga et al. (1992) nãoencontraram em suas pesquisas presença de depressão ou de outros fatores emocionais, tampouco a influência de fatores estressantes de vida. Nos últimos anos, tem sido privilegiada a relação entre Alopecia Areata e alexitimia (Poot, 2004), termo sugerido por Sifneos (1973) ao se referir ao paciente com dificuldades em identificar seus próprios estados emocionais. Nessa categoria incluir-se-iam alguns pacientes psicossomáticos que definem as emoções em termos de sensações somáticas ou de reações comportamentais ao invés de relacioná-las a experiências mentais.

O enfoque psicossomático definido por Marty (1993) propõe a hipótese de um funcionamento atípico do aparelho psíquico em pacientes que desenvolvem doenças somáticas, como as auto-imunes. O autor também desenvolve o conceito de pensamento operatório caracterizado pela aparente ausência de vida mental, com fantasias, e freqüentemente associada a distúrbios somáticos. Outro conceito abordado por Marty foi o de depressão essencial. Esta sintomatologia depressiva define-se pela falta de expressão da vida mental e se estabelece quando acontecimentos traumáticos comprometem certo número de funções psíquicas, tais como identificações, condensações, deslocamentos, introjeções e projeções. Angústias difusas precedem a depressão essencial, provocando uma aflição profunda no indivíduo.

McDougall (1996) observou que alguns de seus pacientes não percebiam suas emoções em situações angustiantes. Nestes casos, as idéias que estavam associadas a qualquer afeto conflituoso eram imediatamente apagadas da consciência. Relata o autor que tais pacientes funcionavam psiquicamente como bebês, que, não podendo expressar seus pensamentos por palavras, só conseguiam fazê-lo por meio de expressão de fenômenos psicossomáticos. Esta seria uma forma imatura de personalidade, que acaba por dificultar a formação de uma identidade própria do indivíduo. Este fato é conseqüência de uma falha nos cuidados primários no início de vida da criança.

Para Winnicott (1999), a identidade pessoal só se concretiza em cada indivíduo quando há uma maternagem satisfatória, o que só ocorre quando a mãe consegue funcionar como um agente adaptativo, apresentando o mundo ao bebê, aos poucos, de forma que lhe possibilite criar referenciais apropriados para lidar com a realidade.

As doenças somáticas decorrem, geralmente, das inadequações do indivíduo às condições de vida com que se depara. Como a vida jamais se apresenta nas condições almejadas, as pessoas devem se adaptar a elas da melhor maneira possível e com os recursos internos de que dispõem. Quando o indivíduo não se encontra adaptado emocionalmente às situações de vida, é o aparelho somático que responde. O efeito desestabilizador nestas situações é o trauma. Esta dinâmica mental se assemelha aos pacientes alopécicos, que muitas vezes associam a queda de cabelo a algum fator estressante ocorrido em suas vidas.

É importante ressaltar que alguns estudos recentes sobre alopecia areata e aspectos emocionais consideram o estresse, a depressão e a ansiedade como participantes na etiologia da doença associados à alta prevalência de características de alexitimia (Cordan, 2006). Já outros estudos (Güleç, 2004) comentam ser pouco provável que a ansiedade e a depressão tenham papel importante na etiologia da doença, mas que o estresse é, de fato, desencadeante importante, causando um impacto negativo na qualidade de vida do paciente. A divergência destes estudos revela a dificuldade dos profissionais da área da saúde em explicar a Alopecia Areata e encontrar soluções mais eficazes para seu tratamento. É necessário que mais estudos sejam realizados tendo como objetivo a qualidade de vida do paciente (Delamere, 2008).

Kakourou (2007), em seu estudo com crianças, focalizou somente os aspectos clínicos da doença, uma vez que não há suficientes estudos epidemiológicos com estes pacientes. Outros estudos (Goh, 2007) se preocuparam com o custo da doença e a necessidade de se formarem grupos de apoio, com o objetivo de informar pacientes e familiares sobre novas medicações e opções de tratamento, assim como, possibilitar a troca de experiências pessoais.

OBJETIVO

O presente estudo tem como objetivo identificar as condições de personalidade dos pacientes com Alopecia Areata no que se refere ao manejo do estresse.

MÉTODO

O estudo é de caráter observacional em relação à dinâmica emocional dos pacientes com Alopecia Areata. Seu delineamento é de relato de caso que pode envolver descrições detalhadas de um ou de mais casos, segundo Fletcher (1996). Este autor comenta que aproximadamente 20 a 30% dos artigos originais, publicados em revistas médicas, são estudos de caso com limite em torno de dez pacientes tratando de maneira importante as doenças novas ou desconhecidas, objeto do presente estudo. Essa estratégia de relato de caso utiliza a abordagem tradicional de pesquisa qualitativa na compreensão dos fenômenos psíquicos (Martins, 1989).

Participantes

Um grupo de 12 pacientes com diagnóstico de alopecia areata do Ambulatório do Departamento de Dermatologia do Hospital São Paulo da Unifesp, foi selecionado segundo os seguintes critérios de inclusão: pessoas com (a) diagnóstico de alopecia areata em qualquer nível, universal, ofiásica, ou total; (b) em tratamento com difenciprone ou fazendo uso de corticóides de acordo com orientação médica; (c) idade variando de 15 a 50 anos; ambos os sexos, com qualquer tempo de história da doença. Estes critérios amplos foram estabelecidos dada a dificuldade da condição de cronicidade da doença. O percurso da Alopecia Areata não é previsível, podendo o paciente sofrer variações com diversos períodos de perda de cabelo e repilação durante a sua vida. Em muitos casos ocorre repilação em uma área e queda em outra. Isto acontece ao mesmo tempo e no mesmo paciente, o que dificulta definir o tipo de alopecia e o tempo de percurso da doença.  Os critérios de exclusão foram pessoas (a) usuárias de drogas; (b) com diagnóstico psiquiátrico ou em tratamento psicológico; (c) com idade inferior a 15 ou superior a 50 anos. Estes critérios foram assim determinados porque estes itens poderiam ser um viés nos resultados dos testes psicológicos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da instituição e todos os participantes concordaram com o estudo e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.

Instrumentos

Os instrumentos selecionados foram a entrevista psicológica e o Método de Rorschach no Sistema Compressivo (Exner, 2003). A entrevista psicológica foi utilizada para identificar a presença de eventos de vida traumáticos, estressantes ou angustiantes que poderiam ser considerados como desencadeadores dos sintomas de Alopecia Areata. Para isso a entrevistadora adotou a técnica de perguntas, e intervenções foram feitas quando se fizeram necessárias. O campo da entrevista se configurou de acordo com as características do entrevistado, porém com os limites preestabelecidos pelo entrevistador, ou seja: tempo, lugar e técnica (Bleger, 1979).  O Método de Rorschach foi utilizado para avaliar as condições de personalidade relativas ao manejo do estresse. Esse método tem se mostrado bastante eficiente como instrumento na área de investigação e diagnóstico da personalidade; e o Sistema Compreensivo tem garantido ao Rorschach o status de instrumento de grande confiabilidade, por sua objetividade e precisão nos resultados (Nascimento, 2002).

RESULTADOS

 Quanto à entrevista psicológica.

Dos 52 pacientes encaminhados inicialmente para o estudo, somente 20 preencheram os critérios de inclusão; destes, quatro não aceitaram participar e quatro não compareceram. Dos 12 pacientes restantes avaliados, oito eram mulheres e quatro eram homens. No grupo das mulheres, uma paciente era casada, uma era divorciada e as demais eram solteiras. Das oito mulheres, somente duas trabalhavam. No grupo dos homens todos eram solteiros e trabalhavam ou estavam envolvidos em alguma atividade.

Todos os pacientes eram previdenciários e pertencentes à classe social baixa.

Das oito mulheres, cinco apresentaram alopecia universal e três, alopecia total. Entre os homens, um apresentou alopecia universal e três apresentaram alopecia total. Todos iniciaram o tratamento médico imediatamente após a manifestação da doença e não apresentavam co-morbidades clínicas. O tempo de história da doença variou entre três e 16 anos.

De modo geral, os pacientes se mostraram interessados em um primeiro contato, apesar de se expressarem de maneira cautelosa e mesmo rígida, sendo econômicos nas palavras e nas informações.

Houve unanimidade nas impressões pessoais: todos se consideravam pessoas nervosas e gostavam de ficar sozinhos e calados. Relataram episódios traumáticos em suas vidas, que poderiam ser considerados desencadeantes da alopecia, como: morte do pai, cancelamento do próprio casamento, sarampo, gravidez da namorada, separação dos pais, estupro, agressão física de irmão alcoólatra e nascimento de outro membro da família.

Não foi possível verificar exatamente qual o período em que ocorreu o fator estressante antes do aparecimento da doença. Este fato é totalmente compreensível, dada a dificuldade dos pacientes em perceber suas emoções em situações angustiantes.

Todos os pacientes comentaram já haver-se habituado à perda de cabelos e das sobrancelhas, ou até mesmo a vê-los renascer e cair após algum tempo.

Nenhum paciente relatou caso de Alopecia Areata na família. Embora nenhum deles tenha se mostrado esperançoso quanto à recuperação dos pêlos, todos relataram seguir à risca as instruções dadas pelos médicos e aceitaram participar do estudo já na primeira entrevista. Sempre retornaram, quando solicitados para eventuais esclarecimentos, sendo muito solícitos e colaboradores.

Quanto ao Método de Rorschach, Sistema Compreensivo

Dos 12 protocolos, nove apresentaram sinais positivos na constelação Controle e Manejo do Estresse, CDI, denominada Déficit de Relacionamento Interpessoal, que informa sobre as condições subjetivas da pessoa para fazer face às demandas internas e externas.

Com exceção de um, os pacientes apresentaram pelo menos três das condições que compõem o CDI, o que confirma a dificuldade para enfrentar situações estressantes. Destas condições, as mais freqüentes diziam respeito às variáveis EA (M+WSumC: respostas de movimento humano + soma ponderada das respostas à cor); COP (respostas de movimento em cooperação); AG (repostas de movimento agressivo); H (respostas de figura humana), T (respostas de textura) e presença de Fd (respostas de alimento).

Os pacientes apresentaram carência de recursos internos disponíveis da ordem da constituição do self, da autonomia, da empatia e das manifestações afetivas. Revelaram dificuldade em atividades de parceria e de assertividade interpessoal. Os problemas nos processos identificatórios revelaram retração, inibição ou pouco interesse em relacionamentos, característica confirmada pela ausência de busca de contato com o outro. Permitiram identificar imaturidade, dependência e expectativa de que outros viessem a atender às suas necessidades e os ajudassem na solução de seus problemas.

É importante ressaltar que, segundo Weiner (2000), tomar decisões e resolver problemas constituem uma necessidade que as pessoas experimentam em seu cotidiano. Seja qual for a origem destas demandas – como pensamentos e sentimentos (eventos internos) e opiniões de outras pessoas (eventos externos) -, elas constituem um estresse; por isso, de algum modo, a pessoa deve ser atendida para sentir-se bem e comportar-se de modo eficaz. Quanto mais apropriada for a maneira como a pessoa atende às suas próprias necessidades, maior é a probabilidade de êxito no manejo do estresse e de obtenção de um bom ajustamento psicológico. Em contraposição, as dificuldades no atendimento às demandas da vida conduzem as pessoas ao fracasso no manejo do estresse. Este é o caso dos pacientes alopécicos.

Embora não seja o objetivo do presente estudo analisar as demais constelações, chama a atenção a presença do Índice de Percepção e Pensamento [PTI] e da Constelação de Suicídio [S-CON], que indicam a presença de outras problemáticas psicológicas que deverão ser investigadas futuramente. Faremos um breve comentário de algumas destas constelações.

A Constelação de Suicídio [S-CON] é um sinal de alerta, pois indica que a pessoa corre o risco de executar atitudes autodestrutivas. Dos 12 protocolos avaliados, sete pacientes demonstraram variáveis que indicam predisposição ao suicídio, com destaque para baixa auto-estima, tom pessimista, autocrítica negativa, dificuldades nas relações interpessoais e, principalmente, aumento da sobrecarga emocional interna e sérias dificuldades na modulação afetiva. Estas características favorecem as percepções distorcidas, gerando interferência na captação do que ocorre a sua volta.

O Índice de Percepção e Pensamento (PTI) informa-nos sobre problemas nos processos cognitivos de mediação e ideação. Quando se encontra em estado de confusão mental, freqüentemente a pessoa sofre prejuízos nestas funções. Dos três pacientes que apresentaram esta constelação, todos tiveram pontuação positiva nas cinco condições, o que significa sérias dificuldades cognitivas. Esta constelação indica carência de controle da impulsividade ideativa e maior incidência de relações implausíveis, desorganização ideativa e afetiva, afastamento da realidade em decorrência de falha no processo de julgamento e menor capacidade de manutenção do encadeamento do fluxo de pensamento.

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A despeito do pequeno tamanho da amostra deste estudo, pode-se dizer que os pacientes alopécicos apresentaram características semelhantes àquelas de pacientes com sintomas somáticos e revelaram uma forma arcaica de funcionamento psíquico, uma vez que o indivíduo não emprega as palavras como veículo transmissor de seu pensamento, o que, segundo McDougall (1996), é característica dos pacientes ditos ‘psicossomáticos’. Além disso, apresentaram características muito próximas da alexitimia: dificuldades em identificar e comunicar sentimentos, com tendência a evitar relacionamentos mais próximos. O aumento da tensão psíquica interfere de modo contraproducente na maneira de o paciente se organizar e direcionar seu comportamento. Este fato pode provocar vivências de desamparo e levá-lo a sentir-se indefeso quando solicitado em suas atividades cotidianas e sociais. Esta característica de organização mental revela personalidade mais imatura, vulnerabilidade diante de situações de tensão e prejuízo na esfera do controle nas suas relações interpessoais. Esta característica os aproxima do conceito de alexitimia de Sifneos (1975), deixando evidente a dificuldade em definir seus estados afetivos.

Segundo Winnicott (1990), o objetivo inconsciente da doença psicossomática é manter uma dissociação entre mente e corpo. Esta clivagem da personalidade tende a se aprofundar, o que torna o tratamento médico extremamente difícil. Para o autor, há na doença duas tendências: a da doença física e seus efeitos sobre o desenvolvimento psíquico e a da doença psíquica e seus efeitos sobre o desenvolvimento físico. A cisão seria a divisão entre o cuidado físico e a compreensão intelectual, ou seja, separação entre o soma e a psique. Essa clivagem mental do paciente é uma defesa contra o mundo externo, vivenciado como hostil e persecutório em sua fantasia.

O surgimento da Constelação de Suicídio e o Índice de Percepção e Pensamento sugerem déficits na regulação da emoção. A influência do estresse durante o tratamento da doença e as fortes repercussões estéticas no ambiente social podem levar o paciente a comportamentos fóbicos e impulsivos e a fortes crises de ansiedade. Além disso, estudos revelam que pacientes que não mostram sinais de melhora com o tratamento apresentam maior incidência de distúrbios psiquiátricos (Picardi et al., 2003).

Para melhor interpretação deste resultado, faz-se necessário o uso de escalas mais específicas quanto a problemas de pensamento, retraimento, ansiedade e depressão, o que pode auxiliar na elaboração de um perfil do grupo estudado.

Na prática clínica deve-se dar atenção ao impacto da doença sobre os membros da família. Estudos revelaram que psicoterapias individuais de curta duração e trabalho psicoterapêutico com famílias de pacientes alopécicos ajudam muito na qualidade de vida de todos os membros (Liakopoulou, 1997).

Outro ponto importante é a necessidade de haver programas envolvendo profissionais de diversas áreas – neste caso, dermatologistas e psiquiatras (Picardi, 2003).

Brajac et al. (2003) mostraram em seus achados que pacientes alopécicos experimentam grande benefício com tratamentos psicológicos. Os mesmos autores apresentaram também tratamentos clínicos específicos para as suas lesões. Winnicott (1999) propõe que a variedade de psicoterapia deveria depender não do ponto de vista do terapeuta, e sim, da necessidade do paciente. Sugere, assim, modificações técnicas adequadas ao paciente e respectivo tratamento. Deste modo, o terapeuta conseguiria manejar a situação de forma a permitir ao paciente a compreensão de sua história de acordo com seu ritmo pessoal.

CONCLUSÃO

Quanto às condições de personalidade envolvidas no manejo do estresse (CDI), podemos concluir que os pacientes deste estudo não apresentam recursos internos (afetivos e cognitivos) suficientes nem habilidades para utilizar os recursos internos disponíveis, do que resulta certa inadequação no controle de suas condutas.

Apesar da limitação da amostra, este estudo sugere que traços de personalidade, fatores sociais e dificuldades em se relacionar com outras pessoas podem estar relacionados com a etiologia da doença. Além disso, as características de alexitimia reveladas neste estudo podem ser consideradas como um fator de risco para a doença, pois a dificuldade em identificar e expressar verbalmente pensamentos e emoções faz com que o paciente se exponha cada vez mais a situações estressantes sem se dar conta disso.

É importante ressaltar que a pequena amostra dos pacientes limita as generalizações quanto aos resultados. Não obstante, os achados do presente estudo sinalizam a importância de futuras pesquisas dentro desta área com a utilização de outros instrumentos, o que poderia agregar informações e fundamentar atitudes terapêuticas mais abrangentes.

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