SE EU PUDESSE FARIA UMA FAXINA NO MERCADO DE PRODUTOS PARA QUEDA CAPILAR

Como sabem, sou fã do Dr. Ademir do Blog Tricologia Médica, acompanho o trabalho dele há muito tempo, suas publicações são de fácil entendimento, ele fala a nossa língua, traduz muitas vezes nossos sentimentos!!

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Estava passeando pelo blog dele e me deparei com essa publicação de 2015 que fala desse mercado que gira em torno da queda de cabelo, que prometem o mundo.

Não caiam nessa, não deixe ninguém abusar da sua fragilidade, essas pessoas querem o seu dinheiro não a sua cura.

Clique aqui para ler o texto na íntegra.

Não existe remédio milagroso, o milagre pode estar dentro de nós mesmos!!

Beijocas, Claudinha

 

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QUEDA DE CABELO EM SITUAÇÕES LIMITES

Olá, Pessoal.

Tudo bem com vocês?  Espero que sim…

Como foi o final de semana, aproveitaram bastante? 

Bom como sabem, sou fã do blog Tricologia Médica do Dr. Ademir Junior, sempre dou uma “fuçadinha” no blog dele, gosto muito da maneira como ele aborda o assunto da queda, bem diferente de alguns profissionais que vemos por aí.

Segue mais um texto extraído do blog dele, espero que gostem.

Beijocas e uma linda semana para todos,

Claudinha

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Tenho observado um crescente número de pacientes chegando à minha clínica que vivem ou vivenciaram recentemente, situações que chamarei de situações limite.

Entendo por situações limites aquelas em que o paciente está colocando sua mente ou corpo em padrões extremos de condições ou comportamentos. São casos assim os atletas de alta performance, obesos mórbidos, anoréxicas, bulímicas, pessoas que fazem dietas rigorosíssimas, vigoréxicos (aqueles que exageram no treino físico e passam horas na academia), e aqueles que ficam submetidos a estresses rigorosos na vida pessoal ou no trabalho.

Qualquer uma dessas situações exigirá do corpo uma capacidade de adaptação e reparo tão significativa que, muitas vezes, torna-se quase que improvável que ocorra sem o comprometimento da saúde. A perda de cabelos pode ser um desses sinais provocados por situações limites.

Alterações do metabolismo corporal são frequentes nesses casos e, insisto, se não houver um acompanhamento por parte de profissional de saúde para que haja uma compensação nutricional ou reequilíbrio de hábitos e metabolismo, certamente o paciente experimentará problemas de saúde variados.

Atletas de alta performance (competição) costumam ter uma equipe que os orienta para diminuir o índice de risco para a saúde, mas mesmo assim podem sofrer com alterações do padrão hormonal, por exemplo. É comum termos a parada da menstruação nas mulheres que competem em atividades esportivas. Trata-se então do corpo mostrando à mulher, no caso à atleta, que há uma mudança em seu organismo provocada por essa situação limite. Ainda sobre atletas de competição, cabelos podem cair ou enfraquecer em homens e mulheres em virtude de novos padrões hormonais e metabólicos que esse corpo desenvolve.

Obesos mórbidos, assim como pessoas anoréxicas e bulímicas, normalmente desenvolvem mudanças no comportamento hormonal que podem provocar problemas capilares. Além do que, nesses casos, os hábitos alimentares por sí só prejudicam os cabelos seja nos casos de excesso ou de privação de alimentos.

Pessoas que se submentem a dietas rigorosas apresentam perfil nutricional insuficiente para o bom funcionamento do organismo. Esse tipo de comportamento, que pode ser uma escolhada própria pessoa, muito mais do que uma necessidade de redução do consumo alimentar em si,  costuma ser prejudiciai para os fios de cabelo reduzindo sua qualidade e facilitando o desenvolvimento de quedas capilares.

Por fim, o estresse severo mexe com muitas substâncias químicas do nosso corpo. Em condições de estresse o organismo trabalha de forma adaptada para nos facilitar uma melhor função de alguns tecidos. No caso do estresse psíquico, a função cerebral é privilegiada. Naqueles com estresse fisico, as funções cardiovasculares são as que acabam recebendo maior atenção do nosso corpo. Mas o problema do estresse severo não reside no privilégio que o corpo dá a alguns tecidos, mas sim no conjunto de substâncias químicas produzidas pelo nosso corpo em situaões de estresse. Essas costumam ser muito prejudiciais aos cabelos e atuam de forma a inibir o crescimento dos mesmos provocando enfraquecimento e quedas dos fios.

Em breve escreverei sobre como tratar os pacientes com problemas capilares e que vivem em situações limites como as citadas acima.

COISAS QUE VOCÊ PODE FAZER PARA DIMINUIR A QUEDA CAPILAR

Texto de Dr. Ademir Jr, publicado no site www.ademirjr.com.br

Reduzir seu estresse – Estudos mostram que uma boa parte dos pacientes que reclama de queda capilar apresenta ou apresentou algum tipo de estresse que pode ter sido causador da quada capilar.

Ficar atento ao couro cabeludo – Boa parte dos pacientes que chega à nossa clínica queixando-se de queda capilar relata que apresenta ou apresentou situações de caspa ou descamação, feridas, dor e coceira de couro cabeludo.

Manter o couro cabeludo sempre limpo e higienizado – Alguns pacientes acreditam que os cabelos caem mais durante o banho e evitam lavar os cabelos. É importante saber que os cabelos não estão caindo porque estamos lavando o couro cabeludo e sim porque estão programados para cair, independente do banho. Na verdade, quando deixam de lavar para evitar a percepção de queda que o banho causa acabam deixando o couro cabeludo sujo por mais tempo e esta sujeira por sí só poderá agravar ainda mais a queda de cabelos.

Fazer exercícios físicos – Exercícios liberam endorfinas que diminuem o estresse e consequentemente a queda de cabelos.

Diminuir o consumo de álcool – A ingestão de álcool provoca aumento da produção de radicais livres no nosso corpo. Radicais livres promovem inflamação em alguns tecidos, incluindo a pele do couro cabeludo. Toda inflamação poderá promover aumento da queda de cabelos. Além disto, o álcool, por sí só desgasta o organismo já que exige de nosso corpo um esforço maior para metabolização o etanol. O desgaste do metabolismo é um dos fatores que podem levar à queda capilar.

Evitar o fumo – É provado cientificamente que o fumo, por produzir radicais livres em nosso corpo facilita a queda capilar.

Evite a automedicação – A automedicação é um hábito comum, porém perigoso, podendo acarretar danos importantes para a saúde de quem a pratica. Mais do que os riscos que ela acompanha, se alguma complicação ocorre em virtude da automedicação o paciente acaba sem o suporte de um médico que seria o responsável por prescrever este ou aquele medicamento.

Não perder tempo, procurar um médico – Boa parte dos pacientes que chegam a nossa clínica já tiveram experiências com fórmulas milagrosas ou com produtos que prometem tratar a queda capilar e que são vendidos aos montes em farmácias, supermercados e na internet. Quando se dão conta, percebem que perderam tempo e cabelos com soluções que não ajudaram em nada. Com a ajuda de um médico, além do diagnóstico bem feito, você sairá com uma prescrição efetiva para a solução de seu problema.

Corrigir problemas hormonais – Muitas quedas de cabelo estão relacionadas a problemas hormonais. O diagnóstico destes problemas e a correção dos mesmos muitas vezes é suficiente para interromper a queda capilar.

Uma vez em tratamento, deverá reduzir a ansiedade – Cabelos não se recuperam da noite para o dia. Ficar lhando no espelho desesperadamente à procura de fios novos não ajuda em nada. Para piorar, a ansiedade agirá como o estresse, aumentando a queda capilar.

OS MÉDICOS COMO NOSSOS AMIGOS

Olá, pessoal!!

Tudo bem com vocês?  Espero que sim…

Como sabem sou fã do blog e dos texto do Dr. Ademir Junior que tem o Blog Tricologia Médica, adorei o texto que ele postou no ultimo dia 05, onde ele fala da importância de ajudar o paciente a administrar suas angústias e desconfortos relacionados a queda de cabelo.

Um trecho do texto que me chamou muita atenção é quando ele fala que “concordo com os que dizem que a maneira como vivenciamos nossas experiências, como elas nos afetam emocionalmente, é mais importante do que o próprio quadro clínico, e o médico ou qualquer outro profissional da área da saúde deve estar atento a isto para que o paciente se sinta bem tratado e acolhido em virtude não apenas dos sinais e sintomas que apresenta, mas em virtude do seu sofrimento frente ao problema”.

Na minha caminhada com a alopecia, passei pelos mais variados consultórios médicos das mais variadas especialidades e digo a vocês que tive algumas decepções com médicos que se limitavam a me receitar remédios, outros que queriam testar fórmulas milagrosas e cobravam uma fortuna por uma simples consulta.

Acontece que depois tive a oportunidade de conhecer médicos maravilhosos, como por exemplo, a Dra. Adriana Nicoletti que me ouvia, me compreendia, que me ajudou muitas vezes, até bolo de aniversário ganhei quando ela marcou uma infiltração para ser feita bem no dia em que eu completava 27 anos, isso sem contar que quando meu dinheiro não dava para pagar uma infiltração ela sempre dava um jeitinho de me ajudar.

Muitas pessoas enxergam o profissional da saúde como uma pessoa distante de nós, mas na verdade, muitas vezes eles não se aproxiam de nós, porque nós não damos este espaço a eles.

Sabemos das dificuldades que é ser médico em um país onde a saúde custa tão caro.  Os planos médicos são caros, os profissionais de saúde, assim como nós pacientes ficam limitados a uma série de regras que as vezes acabam não permitindo que eles tenham um contato mais “íntimo” com seus pacientes para ter tempo de conhecer nossas dificuldades, tristezas, alegrias, nosso dia a dia que as vezes é tão importante para que eles possam nos orientar.

Muitas vezes, nós pacientes, gostariamos de ter alguém que nos ouvisse, mas se não deixarmos essa intenção explícita, eles jamais saberão.

Da próxima vez que você for consultar seu médico, vá de coração aberto, conte a ele detalhes do seu dia a dia com a queda de cabelo, as vezes a consulta é curta devido ao número de pacientes que o profissional tem que atender, mas não tem problema, conte mais um pouco na sua próxima consulta, mas não deixe de vê-lo como seu amigo, como alguém que você pode confiar.

Um super beijo a todos e um ótimo final de semana,

Claudinha

Não deixem de passar no blog do Dr. Ademir e ler o texto: O que significa a queda de cabelos para cada um de nós.

AJUDANDO SEU MÉDICO A TRATAR SUA QUEDA CAPILAR

Olá Pessoal!!

Tudo bem com vocês?  Espero que sim…

Como sabem sempre trago aqui textos do blog do Dr. Ademir Jr Tricologia Médica e no dia 17 passado ele postou o texto  “Quer ajuda o seu médico a tratar a sua queda capilar?”, que é super interessante  e poderá ajudar a todos na próxima consulta médica.

São dados referentes à nossa saúde que são de extrema importância para que os médicos possam diagnosticar o problema e assim indicar a medicação que melhor atenda as nossas necessidades.

Como diriam nossas avós, tenham caneta e papel nas mãos para anotar…rsrsrs

  • Quando e como começou sua queda capilar ou rareação
  • A queda é contínua ou sazonal
  • Qual o percentual de perda dos cabelos
  • Tentar associar possíveis eventos que possam ter alguma associação com a queda ou que possivelmente estejam mantendo a queda ativa
  • Contar ao médico sobre cirurgias recentes (mesmo de pequeno porte)
  • Contar eventos de febre, mal-estar, doenças, parto, estresse psicológicos
  • Problemas de saúde crônica que o paciente vem sofrendo (doenças autoimunes, alterações da tireóide, doenças de fígado ou rins, infecções recorrentes e câncer)
  • Ciclo menstrual
  • Uso de produtos e realização de procedimentos capilares
  • Histórico de dietas realizadas ou importabtes alterações de peso
  • Histórico familiar de calvície, perda de cabelo ou de doenças crônicas
  • Uso de medicamentos, suplmentos nutricionais, herbais ou homeopáticos
  • História de exposição a radiações (Raio-x, por exemplo), ou a metais pesados (mercúrio, arsênico)

Como Dr. Ademir cita texto: “Contou para seu médico tudo isto em sua última consulta capilar? Então não perca tempo, entre em contato com ele e conte”.

Nossa tensão é tão grande no momento da consulta, sempre temos tanta a coisa a dizer ao médico que acabamos deixando para trás pontos importantes.  Me dei conta disso quando engravidei, na minha primeira consulta do pré-natal sai do consultório cheia de perguntas e lembrando de uma série de informações que eu havia deixado de passar para a médica, então quando cheguei em casa anotei na minha agenda todas as minhas dúvidas e as informações que eu achava importante e levei na próxima consulta. 

Que tal colocarmos em prática nossa listinha em nossa próxima consulta?

Um lindo sábado de sol a todos!!

Beijocas,

Claudinha

A RELAÇÃO ENTRE O CÉREBRO E OS FOLÍCULOS PILOSOS

Novos tratamentos para a queda de cabelos surgem na medida que se conhece mais sobre a relação entre o cérebro e os folículos pilosos.

É comum observarmos um aumento significativo dos conhecimentos sobre a ciência que estuda os cabelos. Creio que ainda estamos muito longe de descobrir toda a verdade mas muitas explicações surgiram recentemente e nos ajudam a entendem o fato de que as quedas capilares podem ser motivadas por um ou mais motivos.

Dentre os diversos modelos que explicam a queda capilar aquele que relaciona o sistema nervoso e a queda de cabelos torna-se cada vez mais claro. Isto porque os folículos pilosos são alvos de substâncias químicas que são produzidas pelo sistema nervoso, assim como são capazes de produzir outras substâncias químicas que respondem ao sistema nervoso. Concluímos com isto que, de certa forma, estas duas estruturas podem conversar entre si por vias químicas.  

E é desta comunicação entre o sistema nervoso que vem o esclarecimento de que os estresses e as alterações de humor podem interferir no couro cabeludo e no ciclo dos cabelos. Substâncias como a melatonina, serotonina e endorfinas produzidas em situações de tranquilidade, relaxamento e alegria favorecem o crescimento capilar enquanto o CRH (hormônio liberador de corticotrofina), a substância P e o NGF (fator de crescimento neural), produzidos em moemntos de maior estresse, ansiedade e tristeza podem provocar queda de cabelos. 

Se já existe uma predisposição para a queda de cabelo por conta de fatores genéticos, alimentares, infecciosos ou hormonais, é certo que quadro poderá ficar evidenciado na medida que o sistema nervoso libere substâncias químicas relacionadas a quadros de estresse ou ansiedade severos.

Por outro lado situações de relaxamento e de boa qualidade de vida podem desacelerar, por exemplo, uma queda genética, fazendo com que o paciente tenha mais sucesso em tratamentos capilares para este problema.

Na medida que os estudos avançam o conhecimento sobre novas substâncias químicas que envolvem a comunicação entre os folículos pilosos e o cérebro aumentam. Em virtude disto acredito que muito em breve nossa compreensão sobre as quedas capilares crescerá e os tratamentos ficarão ainda mais efetivos.

Atualmente já colhemos benefícios relacionados aos estudos sobre o tema. Entre eles saliento o melhor controle da relação estresse e couro cabeludo através da utilização de determinados aminoácidos como a tirosina, muito interessante quando utilizada no tratamento complementar da alopecia areata e da alopecia androgenética agravada pelo estresse. Outros aminoácidos como o triptofano, a adenosina e a lisina também tem seu devido papel em diferentes tipos de queda capilar agravados pela ansiedade, estresse ou alterações do humor. Quando bem indicados estes aminoáidos poderão ter papel fundamental nos cuidados capilares.

Ainda assim estamos apenas começando a conhecer esta forte relação entre o cérebro e os cabelos. Na medida que novos esclarecimentos aparecerem tenho certeza que os tratamentos capilares ficarão ainda mais eficazes.

Texto de Dr. Ademir Jr, extraído do site: www.ademirjr.com.br

TRATAMENTO DA ALOPECIA AREATA COM INFILTRAÇÃO DE CORTICORTERÓIDES

Olá, Pessoal!!

Muitas pessoas comentam e pedem opinião sobre os tratamento com infiltração de medicamentos, por isso trago um texto do blog  www.tricologiamedica.blogspot.com do Dr. Ademir Jr para compartilhar com vocês!!

Um super beijo, Claudinha

De vez em quando alguns tratamentos que são realizados há muitos anos motivam novos estudos ou conclusões. Um artigo publicado no International Journal of Trichology reforça alguns conceitos que, apesar de bem conhecidos são importantes para orientar pacientes que sofrem com a alopecia areata. O estudo em questão comenta vantagens e desvantagens da infiltração de corticosteróides em áreas com o problema.

Acredito que a infusão de corticosteróides, apesar do desconforto da aplicação, costuma ser muito eficiente para pacientes com menos de 50% do couro cabeludo acometido. A literatura é bem clara neste sentido e minha experiência apenas confirma o que tantos outros colegas já publicaram sobre o assunto previamente.

É sabido que alguns pacientes apresentam melhora espontânea do problema, mas quando as áreas de alopecia começam a ampliar e confluir, não há nada que seja melhor para reduzir a ansiedade do paciente, promovendo melhora no quadro, do que o tratamento em questão.

Apesar disto o médico deve estar atento a situações que envolvam efeitos colaterais deste procedimento. Atrofia de pele, despigmentação da área acometida e atrofia de alguns folículos podem ser esperados. Logo, definir corretamente o caso em que se deve aplicar o produto, assim como ter controle sobre dose aplicada  e intervalos entre aplicações é muito importante.

As conclusões que o artigo citado acima apresenta podem não ser  novidades. Entre elas sabemos que alguns corticosteróides são melhores que outros (em especial a triancinolona). As doses costumam ser maiores para alopecias de couro cabeludo em relação a áreas da face acometidas pelo problema. Quando optamos por um tratamento que envolva a infiltração de corticosteróides no couro cabeludo devemos ter em mente que se não houver nenhuma melhora nos primeiros 6 meses de tratamento que o mesmo deverá ser interrompido e outro método deverá ser sugerido ao paciente.

Uma última conclusão/informação importante é a de que a atrofia da pele e folículos pode ser prevenida se pouco volume for injetado, se a frequência de aplicações for ideal (4 a 6 semanas), e se a medicação não for injetada de forma muito superficial

HIPNOSE DO TRATAMENTO DE ALOPECIA AREATA

Texto extraído do blog do Dr. Ademir Junior:  Tricologia Médica http://tricologiamedica.blogspot.com/
Pesquisadores de Bruxelas, em carta ao editor do Journal da Academia Americana de Dermatologia publicada em Março de 2010 relatam sua experiência no tratamento da alopecia areata refratária com hipnose.
A alopecia areata é uma doença que atinge qualquer área pilosa do corpo, com maior frequência na cabeça e couro cabeludo. Envolvendo células imunológicas que começam a atacar os folículos pilosos do próprio paciente (doença autoimune), após a perda de privilégio imunológico por parte destas estruturas do nosso corpo (vide post: Você sabe o que é privilégio imunológico? – publicado neste mesmo blog), a alopecia areata se inicia com queda abrupta de pelos e cabelos em áreas circulares ou elípticas. Estas áreas, que podem ficar sensíveis ou até mesmo doloridas, ficam totalmente desprovidas de cabelos e podem crescer de maneira a ampliar seu diâmetro até tomar uma área extensa da região acometida ou se unir a outras áreas com o mesmo problema formando placas confluentes da doença.
Por ser de evolução rápida, causar um impacto psíquico muito significativo no paciente e poder apresentar rescidivas frequentes após o tratamento, formas de se tratar que buscam melhorar os pacientes, inclusive dentro do ponto de vista psíquico (ansiedade e depressão), são sempre sugeridas.
Os pesquisadores de Bruxelas, pensando nisto, resolveram avaliar se a hipnose poderia trazer benefícios a estes pacientes. Encontraram, em uma pequena amostra de pacientes, resultados que foram satisfatórios no que diz respeito ao bem estar geral e redução da ansiedade e depressão que acompanham a doença.
Apesar disto, resultados clínicos efetivos no que diz respeito à melhora clínica do paciente ainda são limitados e, como os próprios autores citam, exigem mais pacientes no estudo e um acompanhamento mais prolongado dos mesmos.
Referência: Willemsen R, et al. Hypnosis in refractory alopecia areata significantly improves depression, anxiety and life quality but not hair regrowth. Letter to the Editor, JAAD March 2010: 517-518.

TRATAR DA QUEDA CAPILAR: UM TESTE DE PACIÊNCIA PARA OS ANSIOSOS

Texto de Dr. Ademir Junior, publicado no site: www.minhavida.uol.com.br

É incrível como a natureza escolhe suas vítimas. Pacientes ansiosos em especial normalmente são vitimados por problemas de saúde que exigem tempo e disciplina para que a recuperação seja significativa e importante. Na minha experiência a queda capilar é uma das manifestações que parece eleger aqueles mais ansiosos, principalmente os que querem resolver tudo para ontem.

A primeira coisa que deve ser discutida sobre os tratamentos de queda capilar é que este é um problema que foge do controle de quem passa por ele. Quando um paciente resolve fazer uma dieta por que está ganhando peso, sua decisão por comer menos é suficiente para mudar este quadro e promover e redução dos quilos adquiridos. No caso da queda capilar, não há muita coisa a ser feita. Os cabelos vão cair independente de qualquer medida de tratamento que tomamos por pelo menos ainda mais 3 meses. Isto porque as quedas capilares mais freqüentes normalmente são aquelas em que os cabelos se programam para cair aproximadamente 3 meses antes de se

soltarem do couro cabeludo. Isto vale para as quedas por estresse ou para calvícies do tipo genética.

Logo, quando um paciente começa um tratamento de queda capilar pode ser tolerável que a queda ainda persista por um tempo e o paciente terá de lidar com isto e tentar controlar sua ansiedade e o estresse que a queda de cabelo promove com tranqüilidade e paciência. Um ponto importante é o de que os cabelos só crescem em média 1cm ao mês. Isto significa que mesmo com os cabelos voltando a crescer, raramente vão compor a cabeleira vasta de um paciente que ostentava um volumoso rabo de cavalo no curto período de dias ou semanas. Muitas vezes vários meses serão necessários para que esta recuperação se dê. Nestes casos, tudo dependerá do comprimento do cabelo que o paciente costuma usar.

Devemos destacar também que muitos pacientes ansiosos, antes de começar a tratar com um médico especialista, seguem orientações de amigos, parentes, de propagandas na internet, em revistas e TV. Pouquíssimas delas com embasamento científico e, se tem algum embasamento, não foram prescritas por alguém que realmente entende do assunto e que poderia dizer se tal medicamento ou produto seria o ideal para aquele tipo de queda capilar. Com isto o paciente perde muito tempo antes de começar a tratar seus cabelos de maneira séria e efetiva.

Como podemos ver, há uma enormidade de fatores que acabam envolvendo o tratamento das quedas de cabelos em pacientes ansiosos. No final, estes pacientes procurando fórmulas milagrosas de resolver um problema que exige paciência, disciplina, bom senso e diagnóstico acabam pulando de médico em médico por não terem a tranquilidade de esperar os resultados começarem a aparecer. Muitas vezes culpam os especialistas e os medicamentos, como se estes tivessem culpa pela sua ansiedade e falta de entendimento de que tratar os cabelos não é, nem de longe, a mesma coisa que tratar, por exemplo, uma dor de cabeça tensional, situação na qual uma boa noite de sono ou uma a duas doses de um bom analgésico e relaxante muscular levam a uma solução rápida e efetiva.

Se você é ansioso e está perdendo cabelos, comece entendendo que quanto antes iniciar um tratamento médico melhor será para você, e que resultados exigirão mudanças nos seus hábitos, assim como em sua maneira de enxergar o mundo. Tranquilze-se, acredite no seu médico, tenha paciência e disciplina. Com isto, tenho certeza de que você será recompensado.

Dr Ademir Jr. é médico dermatologista especialista em tricologia (medicina capilar) pela Internacional Association of Trichologists. Membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, da Sociedade Brasileira de Termalismo, e da Sociedade Brasileira de Medicina Estética.