HISTÓRIAS DE QUEM TINHA TUDO PARA RECLAMAR DA VIDA, MAS DÁ EXEMPLO

Olá, Pessoal!!

Tudo bem com vocês?  Espero que sim…

Hoje saiu uma matéria de Renata Rode no uol estilo super bacana, adorei e trouxe para compartilhar com vocês, gostaria que todos refletissem!!

Um super beijo a todos, Claudinha

Existem pessoas que fazem drama da vida de um jeito que parece que o seu problema é maior que tudo e todos. Mas por que somos assim? Por que sempre tendemos a achar que nossa doença, nosso obstáculo ou a cruz que carregamos é mais importante ou maior do que realmente é? “Trata-se de uma tendência natural do ser humano, pois quando vivenciamos e nos envolvemos sentimentalmente com a situação, acabamos polarizando a questão, ou seja, minimizamos o que o outro está passando e maximizamos nosso próprio sofrimento. Essa falta de equilíbrio faz com que, de fato, soframos mais ainda pela comparação”, explica Fernando Elias José, psicólogo e autor do livro “Superando Desafios” (WS Editor).

Para o especialista, é mais normal do que se imagina fazer a popular tempestade em copo d’água. “Culturalmente, vivemos em uma sociedade que preza a solidariedade e que está sempre vendo e analisando o outro. Isso faz com que criemos sempre uma base comparativa e achemos que “a grama do vizinho é mais verde do que a nossa”. Exemplo: se alguém está desempregado há cinco anos, mas tem parentes que o sustentam, e você está desempregado há cinco dias sem ninguém para lhe sustentar, não adianta comparar-se. Cada situação é uma e deve ser vivida dentro de suas particularidades”, demonstra.

Mas tem gente que dá uma verdadeira lição quando o assunto é superar sofrimento. Iria Bastos, 48 anos, é uma delas. Ela tem microangiopatia degenerativa da glia, uma doença que degenera o cérebro sem cura. Desenganada pelos médicos em fevereiro de 1997, ela luta e vive feliz até hoje. “Costumo dizer que a partir do momento em que o problema não tem solução, não existe problema. Estou vivendo o tempo que tenho com total energia, com felicidade e muito amor de minha filha, mãe e neto”, diz. A bancária que vive em Cabo Frio (RJ) vive acumulando conquistas. Sua última deveu-se à leitura de um blog de autoajuda. “Lá, encontrei gente com problemas piores que os meus e resolvi encarar que eu precisava emagrecer para viver melhor. Comecei minha vigilância pela autoestima e já detonei mais de 13 kg”, conta sorridente.

Aliás, superação deveria ser o sobrenome dessa família corajosa. Emocionada, Iria conta o caso de sua mãe, companheira de hoje e sempre. “Acho que lutar pela vida é algo que está no nosso sangue. Minha mãe, por exemplo, quando nasceu foi dada como morta, até que um tio a segurou roxinha no colo e, ao chorar, percebeu que ela segurou sua mão. Assustado, ele gritou que a criança estava viva”, conta emocionada. Hoje, Maria de Lourdes Bastos tem 72 anos, é médica e advogada, trabalha e faz cursinho para a prova da OAB. “Minha mãe é meu exemplo de perseverança. Enquanto muitos amigos e amigas já estão aposentados nessa idade, nós curtimos a vida, vamos à praia, trabalhamos e agradecemos por tudo que temos”, ensina Iria. 

Reações diferentes

Para Lucia Rodrigues, terapeuta e consultora em criatividade quântica, a análise da reação a um determinado problema é mais profunda. “A diferença entre uma pessoa que tem a reação positiva e a outra que trava e entra em desespero é a percepção que ela tem do que é, o conceito que ela formou da vida. Cada um tem um modelo de mundo em que se acumulam sensações e criam-se conceitos perceptivos. Por exemplo, quando alguém lhe pede algo é um ato que pode ser duplamente interpretado: como um pedido ou uma obrigação, dependendo da pessoa que recebe isso”, afirma.

Lucia ensina que o medo é uma das piores sensações do ser humano. “O medo é prejudicial, o cuidado é proteção. A gente aprendeu que ter medo é se proteger, e não é. O correto é ter cuidado. Na física quântica o medo é um movimento energético, ele tem uma causa. O pânico, que é o paralisar, é o medo em uma velocidade maior. O ideal é perguntar-se ‘que medo eu tenho’, para que se tenha uma reação mais eficaz e melhor à determinada situação”.

Bruno Pavão/DivulgaçãoBom humor

 Medo é uma palavra que não existe no vocabulário de Isete Corrêa Lima, de 33 anos. Aos 16 anos, a paulistana teve de amputar o braço por conta de um câncer. “Para superar todo esse sofrimento sempre contei com o apoio da família e dos amigos e, acima de tudo, com meu bom humor. Sempre fui muito alegre e isso me ajudou a superar essa fase tão difícil na minha vida”, afirma. A secretária conta que tem uma vida normal hoje, um exemplo de que reclamar não adianta nada. “Desde o início eu procurava me superar, pois agora, com apenas um braço, tudo é diferente. Sou teimosa e por um tempo testei minhas limitações. Hoje, sou uma excelente dona de casa, gosto de fazer tudo sozinha e é delicioso ser independente, porque assim me sinto muito mais viva.”

Para comprovar ainda mais sua vontade de viver, Isete ainda é dançarina e professora de dança do ventre. “Dando aulas de dança, descubro que minhas alunas estão superando o fato de ter uma professora deficiente. É impressionante a evolução de cada uma, estão se valorizando muito mais, estão mais mulheres, mais femininas e mais felizes, e isso é muitíssimo gratificante para mim”, comemora.

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