Por Claudia Grycak
Bom dia, Pessoal!!
Tudo bem com vocês? Espero que sim…
Ontem não tive tempo de dar uma passadinha aqui, mas cá estou logo cedo para dividir mais achados na internet. Dessa vez trago as principais modalidades de tratamento para alopecia areata.
Vocês já tiveram sucesso com algum dos tratamentos abaixo relacionados? Contem a nós a sua experiência.
Que todos tenham uma ótima quinta feira.
Beijocas, Claudinha

O tratamento da alopecia areata tem evoluído muito nos últimos anos. Muitas terapêuticas antigas parcialmente eficazes estão sendo substituídas por outros métodos. Em 60% dos casos, com menos de 40% do couro cabeludo acometido, ocorre repilação espontânea em 6 meses. A terapêutica deve ser avaliada de acordo com o perfil do paciente e a extensão das lesões.
1. Corticoterapia
– Tópicos: os corticóides locais são frequentemente empregados no tratamento de lesões pequenas e localizadas.
– Infiltração com corticosteróides, principalmente o acetonido de triancinolona 2,5 a 10 mg/mL, é um método altamente eficaz e seguro para o tratamento de formas localizadas de pelada, tanto do couro cabeludo como da barba.
– Sistêmicos: a corticoterapia sistêmica é reservada aos casos graves e extensos de alopecia areata. Utiliza-se a prednisona em doses altas por longos períodos. A repilação ocorre na maioria dos casos, porém o índice de recidiva após a parada da droga é alto. Alternativa à prednisona é o deflazacort, que tem menos efeitos colaterais, mas seu custo é mais alto.
2. Antralina
Irritantes tópicos, como óleo de cróton, lauriléter sulfato de sódio e tretinoína, mostraram efeitos benéficos no tratamento da alopecia areata. A resposta aparece em 67% dos casos após 11 semanas de tratamento. A antralina possui uma ação irritante e um efeito superior aos outros tópicos. Inicialmente, utilizam-se concentrações baixas, por exemplo 0,5% por 15 a 30 minutos, aumentando-se gradativamente o tempo de aplicação até 4 horas. As concentrações podem ser aumentadas de 1% a até 2%, dependendo da tolerabilidade do paciente. Outro método é o uso de pequenas concentrações (0,1% a 0,2%) por tempos maiores. As desvantagens são a irritação, que muitas vezes é importante e incomoda o paciente, e a coloração avermelhada que produz.
3. Minoxidil
Um vasodilatador largamente utilizado, com bons resultados, em concentraçao de 4 a 5% em solução alcoólica.
4. PUVAterapia
Utilizado para formas extensas e graves de alopecia areata. Consiste na aplicação sistêmica ou local de um psoralênico e posterior exposição ao ultravioleta A entre 340 e 380nm. Os mais usados são o 8-metoxipsoralen e o 5-metoxipsoralen. A dose inicial de UV é de 1 J/cm2, aumentando-se 0,5 a 1 J de acordo com a resposta clínica. Os resultados são extremamente contraditórios, variando de 20% a 80% de resposta. Os melhores resultados são alcançados com a PUVAterapia corporal em relação à localizada. A falta de repilação após 30 sessões ou a ausência de homogeneidade após 40 sessões indicam a necessidade da parada do tratamento. O fotótipo da pele do paciente deve ser avaliado, evitando-se esse método em pessoas de cor clara pelo risco do desenvolvimento de câncer cutâneo; outros efeitos colaterais são a hepatotoxicidade dos psoralênicos e algumas vezes as complicações oftalmológicas.
5. Alergenoterapia de contato
Utilizada desde 1976, ficou comprovada ser eficaz mesmo em casos graves de alopecia areata. O primeiro produto proposto foi o dinitroclorobenzeno (DNCB). Outros sensibilizantes de contato são: ácido dibutil éster esquárico e difenciprone (DPCP). Esses compostos não são encontrados na natureza e são altamente alergizantes, produzindo uma resposta imunologica do tipo hipersensibilidade retardada (tipo IV da classificação de Gell e Coombs). Na população adulta sadia, a sensibilização a esses produtos ocorre em 99% dos casos. O princípio dessa técnica é que o aumento da imunidade celular, provocado por esses compostos, levaria à inibição da imunidade humoral com diminuição da produção de auto-anticorpos contra o folículo piloso. Inicialmente, coloca-se o DNCB ou DNFB ou ácido dibutil éster esquárico ou DPCP no dorso do paciente com apósito oclusivo por 48 horas.
Após a retirada, há processo irritativo no local. Após 14 dias o local do teste apresenta reação eczematosa de intensidade variável nos indivíduos sensíveis. Inicia-se então a aplicação em concentrações menores (0,05% para DNCB e DNFB e 0,02% para o DPCP) nas placas de alopecia em intervalos de 2 a 3 semanas visando produzir no local uma reação de hipersensibilidade tipo IV. O paciente é orientado quanto a possíveis reações intensas e prescrito antihistamínico e corticóide tópico, caso necessário. A repilação ocorre em média após 5 a 10 sessões. Caso após 10 aplicações não haja resposta, deve-se empregar outro método terapêutico. Mesmo na alopecia do tipo ofiásica, a repilação é alcançada em 50% dos casos após 6 meses de tratamento. São métodos pouco utilizados.
8. Tacrolimus / pimecrolimus
São macrolídeos imunomoduladores, de boa absorção tópica, com efeitos irregulares. Disponiveis no Brasil com os nomes comerciais de Protopic e Elidel respectivamente.
9. Crioterapia
O princípio da crioterapia é a produção de uma irritação primária com vasodilatação, visando produzir a repilação. Os primeiros estudos foram com a neve carbônica (CO2) aplicada levemente sobre as lesões. Atualmente, é mais utilizado o nitrogênio líquido em jatos rápidos, procurando produzir apenas eritema. É um método seguro e eficaz para casos discretos com poucas placas. A repilação ocorre nesses casos com 5 a 10 aplicações.
10. Psicoterapia
Em muitos casos, há indicação de suporte psicoterápico, mas não existe correlação com a melhora da alopecia areata.
11. Tratamento cirúrgico
O tratamento cirúrgico é geralmente reservado para os casos de alopecia cicatricial.
Na alopecia areata, sem resposta com outras modalidades de tratamento, pode-se tentar a recuperação através de cirurgia. O implante de cabelos de outras áreas é empregado com sucesso, mas o quadro de pelada tem de estar estável, pois, do contrário, há risco de queda dos pêlos implantados. A rotação de retalhos de couro cabeludo em casos de placas únicas ou poucas dá resultados estéticos aceitáveis.
12 – Carboxiterapia
É um tratamento mais recente, no qual se injeta o gás CO2 através de agulhas finas, por dentro da derme, provocando uma expansão local e aumento do fluxo sanguíneo. Sao necessárias várias sessões com intervalos semanais. Por ser um método mais recente ainda carece de trabalhos mostrando qual a porcentagem de melhora com esse tratamento.