ALOPECIA AREATA E INTERNET

Por Adriana Balthazar

Olá a todos e perdoem-me pelo “stand by” momentâneo.

Posto a seguir um texto que encontrei zapeando pela net, é do site da Revista Veja, na coluna Espelho Meu da colunista Lucia Mandel.

Vocês verão que num momento do texto ela diz que infelizmente não encontrou um site tão completo sobre alopecia areata na nossa língua. Ressalto que a matéria é de Outubro de 2009 e o nosso blog Alopecia Areata Brasil ainda não havia nascido.

Agora creio que estamos caminhando pra divulgarmos cada vez mais a ALOPECIA AREATA.

Até o próximo post e um grande beijo a todos.

Drica

Há alguns anos participei de uma discussão sobre o tratamento de uma moça com alopecia areata universal. Nessa doença, todos os cabelos e pêlos do corpo caem. A cabeça fica lisa, não sobram cílios, sobrancelhas, nem qualquer pêlo.  A garota, de 20 anos, já havia passado por vários tratamentos. O melhor resultado para o crescimento de cabelos foi com cortisona por via oral. Mas esse tratamento tem sérios efeitos colaterais, como hipertensão, diabetes, osteoporose. Quem toma cortisona por muito tempo ainda ganha peso, espinhas e estrias largas. Como essas complicações estavam começando a acontecer, o tratamento precisava ser suspenso. Ao escutar o diagnóstico, a garota chorou. Preferia qualquer coisa a não ter cabelos.

O que angustia quem tem alopecia areata, doença auto-imune que afeta pêlos e cabelos, é que ela é visível. Não há nenhuma doença interna que ameace a saúde – apenas em uma minoria dos casos há associação com doenças como alterações de tireóide, por exemplo. Mas por estar à vista de todos, causa estranhamento e abala a auto-estima. Nessa hora, talvez ajude ouvir quem também está passando pela mesma situação. A internet pode unir essas pessoas.

Selecionei dois sites que reúnem pacientes e informações: o da National Alopecia Areata Foundation e o da Alopecia World. Infelizmente não encontrei um site tão completo na nossa língua. Esses sites explicam detalhadamente todos os tipos de alopecia areata: na forma de placas, quando surgem áreas ovaladas sem cabelos, na forma de alopecia total, quando todos os cabelos caem, e na forma de alopecia universal, quando cabelos e pêlos caem.

Além de explicar as causas e opções de tratamento, eles criam solidariedade entre os pacientes. Há espaço para fóruns de discussão, onde cada um conta sua história, algumas muito emocionantes. Dá até para anexar fotos e vídeos. As discussões variam desde como conseguir permissão para o filho usar chapéu na escola (sabia que isso pode ser um problema?), qual o melhor jeito de usar lenço, até informações sobre pesquisas para a cura. Muita gente conta como consegue conviver bem com a doença e com os tratamentos. E há textos de pessoas que ainda não conseguiram superar suas inseguranças.

O apoio a quem tem uma doença visível e de difícil tratamento é fundamental. A sensação de conforto acaba ajudando na recuperação, uma vez que a evolução da alopecia é influenciada pelo emocional.

Os tratamentos

Em casos leves, quando a perda de cabelos é localizada, realiza-se infiltração com corticóide. Se for o caso, o tratamento é complementado com produtos de uso local à base de minoxidil, antralina, retinóides ou corticóides. Formas de alopecia areata localizada costumam responder bem ao tratamento.

Nos casos intensos, quando a maior parte dos cabelos cai, o tratamento fica mais complexo, e a resposta aos medicamentos nem sempre é favorável. São aplicadas substâncias de uso local que sensibilizam o couro cabeludo e que controlam o processo de auto-imunidade. A cortisona por via oral, prescrita para a garota cuja história contei, é cada vez menos usada. Apesar de ter bom efeito no crescimento dos cabelos, apresenta muitos efeitos colaterais. E, quando a cortisona é suspensa, o cabelo cai novamente.

Fonte: http://veja.abril.com.br

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