VOCÊ É O QUE VOCÊ COME

Por Claudia Grycak

Bom dia!!

Tudo bem com vocês?  Espero que sim…

Hoje vamos falar um pouquinho sobre alimentação.

Todas sabemos da importância que a alimentação tem para manter nossa saúde e qualidade de vida,  mas nem sempre damos a devida importãncia.  É preciso ter uma dieta equilibrada e balanceada para fornecermos ao nosso organismo todos os nutrientes necessários

Carboidratos, vitaminas, proteínas devem fazer parte diariamente em nossas refeições e o “cardápio” deve ser elaborado de acordo com nossa faixa etária, pois em cada fase necessitamos mais ou menos de determinados nutrientes.  Uma alimentação variada permite que sejam supridas todas a nossas necessidades de vitaminas e minerais em todas as fases de nossas vidas.

Vamos ver a dicas  que os especialistas do Hospital Albert Einstein prepararam para nós?

Os especilistas do hospital esclarecem que as orientações e informações fornecidas pelas nutricionistas na matéria abaixo são de caráter geral, elas esclarecem as principais dúvidas sobre alimentação saudável. Para atender necessidades específicas, o ideal é procurar um profissional nutricionista que poderá preparar orientar e elaborar cardápios/dietas balanceados de acordo com a necessidade de cada um.

Espero que gostem das dicas.

Um super beijo a todos, Claudinha

De zero a 3 anos

É muito importante que nessa fase a alimentação seja bastante controlada, pois é nela que a criança precisa receber vitaminas para fortalecer o organismo. Uma falha e pode se refletir durante toda a vida. O recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, até os seis meses de idade, a alimentação seja à base de leite, de preferência aleitamento materno.   Depois, são introduzidos aos poucos outros alimentos, como frutas, legumes, tubérculos, cereais e carnes. Vale investir em alimentos com alto teor de cálcio e ferro – como os laticínios – e alimentos como feijão e brócolis, ricos em ferro. “A variedade na alimentação permite que sejam supridas as necessidades de vitaminas e minerais não só na infância como nas outras fases da vida”, alerta Patrícia Modesto, nutricionista do HIAE.

De 4 a 12 anos

A obesidade infantil cresce a cada ano. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a obesidade na infância e na adolescência aumentou 240% no mundo nos últimos 20 anos. Devido a esse dado alarmante, os pais devem ficar atentos ao hábito alimentar de seus filhos, pois são eles os responsáveis por escolher o que o filho vai comer. Nessa fase deve-se evitar, ao máximo, o consumo de açúcar e gordura. Moderação – na hora dos doces e do fast food – é a palavra de ordem. Além disso, é nessa faixa etária que as crianças precisam consumir mais proteínas que os adultos, pois esses alimentos, como carnes e leite, ajudam a formar os ossos e os músculos.  Segundo a (Opas), a obesidade na infância e na adolescência aumentou 240% no mundo nos últimos 20 anos  As crianças solicitam alimentos ricos em carboidratos, mas cabe aos pais moderar isso e estimular o consumo de alimentos ricos em vitaminas e minerais (como frutas, legumes e verduras). “Nenhum alimento pode ser deixado de lado nessa fase, pois todos os nutrientes são importantes durante o crescimento e o desenvolvimento infantil”, completa Patrícia.

De 13 a 20 anos

Talvez considerada uma das fases mais críticas, a adolescência é quando a alimentação não tem vez durante o dia, cheio de atividades. Os jovens costumam apresentar deficiência de cálcio, ferro e vitaminas. Isso ocorre principalmente porque pular refeições, alimentar-se com lanches e fazer regimes sem supervisão de um especialista tornam-se hábitos. Mas vale lembrar que é uma fase de crescimento acelerado e, por isso, é muito importante a atenção à energia e a esses nutrientes, principalmente às proteínas, ao ferro, ao cálcio e às vitaminas A e C, que estão fortemente ligadas ao padrão de crescimento.  O ideal é evitar durante a semana os pratos prontos, salgadinhos e doces, e investir em uma refeição completa, composta de carboidrato – arroz ou massa –, legumes, verduras e um tipo de carne. O tradicional ‘arroz, feijão, bife e salada’ vai muito bem nesse período. Outra dica: quanto mais colorido for o prato, melhor. Os nutrientes são necessários não só para o adolescente ter disposição, mas para seu desenvolvimento mental e intelectual.

De 20 a 60 anos

A rotina corrida e a oferta abundante de alimentos saborosos e calóricos, aliados à diminuição da atividade física e ao estresse diário, prejudicam muito a alimentação equilibrada. “Há dois principais problemas na alimentação na fase adulta: erro na hora da escolha do cardápio e muitas horas sem se alimentar. Essa combinação acaba dando espaço a doenças crônico-degenerativas, como a obesidade, a hipertensão e o diabetes”, avisa Márcia Tanaka, nutricionista responsável pela unidade de geriatria do HIAE.  Não há, na verdade, nenhum alimento que deva ser consumido em maior quantidade, porém há a necessidade de manter uma dieta equilibrada e variada para a garantia da ingestão adequada de todos os nutrientes (proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, sais minerais e fibras). Para não chegar com muita fome no almoço ou no jantar e selecionar melhor o que se vai comer, vale a pena fazer um lanche no período da manhã e outro à tarde. “Como em toda fase da vida, o ideal é evitar fast foods. Quando for ao restaurante, tente manter frituras, molhos gordurosos, salgadinhos e couvert longe da mesa”, completa Márcia.

Na terceira idade

Nessa faixa etária, cerca de 30% da massa muscular se transformam em gordura, o que causa maior vulnerabilidade a quedas, problemas respiratórios e cardíacos. Os idosos têm dificuldade em absorver os nutrientes e, por isso, o ideal é uma dieta que contenha proteína, consumindo carne, ovo, queijo e leite todos os dias. “Outros tipos de nutriente que não podem faltar na boa alimentação são: ferro, cálcio, vitaminas D, C, E e do complexo B, zinco e betacaroteno”, aconselha Márcia.  Para isso, deve ser consumido, de forma variada, todo tipo de hortaliças, frutas e legumes. Uma boa pedida é a sopa no jantar, pois o idoso precisa se preocupar com a quantidade de líquidos que ingere. Em geral, na terceira idade, a percepção de sede é reduzida e, por esse motivo, bebe-se menos água. Entretanto, o corpo continua precisando de líquidos e sua falta pode causar problemas nos rins e no funcionamento do intestino, além de provocar flacidez na pele. Incluir sucos e chás ao longo do dia é uma boa saída. Os suplementos de vitaminas e minerais só devem ser iniciados após avaliação de um profissional da saúde, para orientar que o consumo de quantidades potencialmente tóxicas não seja danoso ao organismo.

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VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM DRUNKOREXIA?

Uma nova face dos distúrbios alimentares foi colocada em discussão recentemente a partir da abordagem na teledramaturgia brasileira – a drunkorexia.  

Mesmo sem ter sido denominada ainda como uma doença pela Organização Mundial da Saúde, o fenômeno evidencia a relação com o álcool de pessoas que sofrem com disfunções alimentares e passam a tratá-lo como um substituto alimentar.  A expressão drunkorexia vem da junção entre as palavras drunk (embebedado, em inglês) e anorexia, uma disfunção alimentar caracterizada pela perda de apetite e por atitudes obsessivas em relação à magreza.  A drunkorexia, portanto, acontece quando um indivíduo, preocupado obsessivamente em não engordar, passa a consumir bebidas alcoólicas para substituir a comida. A doença acomete principalmente adolescentes do sexo feminino e jovens mulheres.

De um a dois por cento da população mundial sofrem de anorexia e, dessas pessoas, cerca de 30% fazem uso inadequado de álcool. No Brasil, de três a quatro por cento das mulheres sofrem com distúrbios alimentares. Entre elas, o uso indevido do álcool é maior do que entre pessoas sem os mesmos distúrbios.

De acordo com o psiquiatra dr. Hamer Palhares, do Einstein, quem sofre com a doença consome álcool também por seu efeito sedativo. “O álcool dá a sensação de perda de apetite ou faz com que a pessoa durma, ao invés de comer. Além disso, a ansiedade é um dos sintomas mais frequentes entre os pacientes de distúrbios alimentares e o álcool cria a falsa idéia de aliviar o problema. Em médio e longo prazos, na verdade, aumenta a ansiedade e pode gerar quadros depressivos”, explica o médico.

Dependência

Um dos maiores males da drunkorexia é aumentar as chances de que o paciente, que já sofre de anorexia, torne-se dependente de álcool. Nas mulheres, o alcoolismo evolui mais rápido do que nos homens. Comparada a eles, as mulheres possuem mais gordura e menos água no corpo. E o álcool necessita de água para se diluir. Uma mesma quantidade alcoólica tem efeito maior nas mulheres, abrindo caminho para uma possível dependência.  Além disso, o período de maior vulnerabilidade para dependências é entre os 12 e os 15 anos de idade. Como existem meninas nessa idade que já sofrem de anorexia, se existir um contato com bebidas alcoólicas nesse período, as chances de tornarem-se dependentes são ainda maiores.

Principais sintomas

Os sintomas da drunkorexia, geralmente, são os mesmos da anorexia. Distorção da imagem corporal (os pacientes podem se achar gordos mesmo quando são muito magros), indução ao vômito, exagero na quantidade de exercícios físicos, uso de anfetaminas e laxantes, preocupação obsessiva com a magreza e com a alimentação.

Diagnóstico

O diagnóstico da é basicamente clínico e considera o histórico da paciente. Relatos de familiares ou de amigos também são importantes para o médico, já que a paciente pode minimizar informações para se defender da perda de controle sobre o próprio corpo. Mesmo assim, exames laboratoriais são realizados para que sejam descartadas as possibilidades de outras patologias.

Tratamento

O tratamento da drunkorexia é integrado e considera tanto o problema da anorexia, quanto o da possível dependência alcoólica. Normalmente são combinados medicamentos (no geral, antidepressivos), apoio familiar e terapia cognitivo-comportamental. Nos casos de abstinência alcoólica, são indicados ansiolíticos e, dependendo do caso, a frequência em grupos de mútua ajuda, como Alcoólicos Anônimos (AA).

Alerta aos pais e amigos

Para aqueles que convivem com uma pessoa que pode estar sofrendo de distúrbio alimentar ou drunkorexia, fica um alerta: preocupação excessiva com o corpo, vômitos frequentes, rápida perda de peso, hálito alcoólico e preocupação exagerada com o conteúdo calórico dos alimentos são os sintomas mais evidentes.  Na opinião do Dr. Hamer, se os familiares têm suspeita de drunkorexia na família, devem conversar abertamente com a pessoa. “A postura aberta geralmente é mais produtiva. Se estiverem em dúvida, podem procurar a opinião de um médico. E nos casos de necessidade óbvia de tratamento, caso o paciente se recuse a aderir, a família deve procurar ajuda profissional e descobrir a ação mais adequada a ser tomada”, explica.

Condição cultural

Além dos fatores neurofisiológicos, acredita-se que a drunkorexia, assim como a maioria dos distúrbios alimentares, é fruto de fatores biopsicossociais com forte influência cultural.  A sociedade ocidental tem imposto sobre as mulheres, principalmente, um padrão de beleza em que só há espaço para as magras. Essa imposição tem se mostrado, cada vez mais, uma grande inimiga de muitas meninas.

Fonte: http://www.einstein.br/espaco-saude/Paginas/espaco-saude.aspx