SOMENTE O NECESSÁRIO: EXCESSOS COSTUMAM SER MAIS PREJUDICIAIS QUE AS FALTAS

Texto de Carlos Hilsdorf, publicado no site: www.vyaesterlar.com.br

Embora as pessoas reclamem com imensa frequência daquilo que não possuem, existe outra questão que merece toda a nossa atenção: aquilo que possuímos em excesso.

Aliás, os excessos costumam ser mais prejudiciais que as faltas, mas demoram mais para serem percebidos. As faltas nós notamos imediatamente, os excessos só quando despertam a nossa consciência.

Comemos em excesso (observe você mesmo), trabalhamos em excesso (anda cansado, não é?), guardamos coisas em excesso (dê uma olhada em suas gavetas), nos importamos em excesso com a opinião dos outros… Há um excesso de preocupações e acúmulo de “gorduras” em diversas áreas de nossas vidas.

Em geral, possuímos mais do que necessitamos para ser feliz, mas continuamos insistindo na desculpa de que não somos felizes porque nos falta alguma coisa. E de fato falta: falta assumirmos um estilo de vida mais franco, sincero e liberto.

Tudo o que temos em excesso demanda tempo e energia para ser administrado. Roupas demais, CDs demais, bagunça demais, lembranças demais (fique com as que valem a pena, pelo aprendizado ou felicidade que trouxeram), compromissos demais, pressa demais.

Todos nos beneficiaremos com a prática de determinado nível de minimalismo (sem excessos, porque isso também pode ser demais). Podemos reinventar nossa maneira de viver para viver com o necessário. Não precisa ser o mínimo necessário, pode haver algumas sobras, mas sem os exageros de costume.

Viver melhor com menos. Isso traz uma sensação de leveza e felicidade tão maravilhosa que todos devemos, ao menos, experimentar. Na melhor das hipóteses, aprendemos e adotamos um novo estilo de vida.

Quem está em processo de mudança, reconhece rápido o quanto acumulou de coisas em excesso, e aprende que pode viver tão bem, ou melhor, com muito menos!

Se vamos acampar, somos felizes apenas com uma mochila…

Liberte-se dos excessos de todo o tipo: excesso de informação (aliás, muita coisa é só ruído, nem mereceria sua atenção); excesso de produtos e serviços (consumismo é uma válvula de escape para não olharmos para nossa própria existência e para o vazio que buscamos inutilmente preencher com compras); excesso de relacionamentos (nem todos valem a pena, não é verdade?). Viva mais com menos, experimente algum nível de minimalismo. Permita-se sentir-se livre dos acúmulos e excessos.

Nada é mais gratificante que a liberdade, a sensação de que você se basta sem precisar de um arsenal de coisas, sons e cores a seu redor. Dedique-se a experimentar essa libertadora sensação. Quem sabe viver com pouco, sempre saberá viver em quaisquer situações, mas aqueles que só sabem viver com muito, nas mínimas provações e ausências sofrem e se desesperam. Esses últimos se confundiram com seus excessos… e na falta deles, não se reconhecem.

Nunca sabemos se viveremos com o que temos, com mais ou menos no dia de amanhã, mas se aprendermos a viver com o que é essencial, viveremos sempre bem.

Todo excesso é energia acumulada em local inapropriado, estagnando o fluxo da vida. Excesso de excessos corresponde à falta de si mesmo. E se o que te falta é você, nada poderá preencher esse vazio…

Publicidade

VOCÊ FOI VÍTIMA DE CALÚNIA? SAIBA LIDAR COM A SITUAÇÃO

Texto de Carlos Hilsdorf

Pessoas que vivem na ausência do bem e do amor utilizam uma das práticas mais antigas e constantes na história da humanidade para tentar ferir aos outros: a prática da calúnia e difamação.

Quem ama não calunia, como bem propunha o apóstolo Paulo em seu consagrado texto aos Coríntios sobre o amor. Esse texto não trata apenas do amor romântico, como muitas vezes se supõe, é muito mais abrangente e deveria fazer parte do código de conduta de todos nós, independentemente da escola religiosa a que pertençamos. O fato é que o amor não calunia, nem difama. Calúnia e difamação são frutos de mentes e corações distantes do amor.

A calúnia e difamação são da família da inveja, do ódio, do egoísmo e do orgulho. São as armas prediletas para atacar as pessoas de bem; afinal, não se pode caluniar uma má pessoa, isso não seria calunia, apenas constatação.

Na impossibilidade de ferir as pessoas corretas através da verdade, uma vez que sua conduta não permite, essas pessoas “doentes” utilizam-se da mentira sob o formato de calúnia e difamação (crimes constantes em nosso código penal). Criam, inventam, aumentam, distorcem e fazem tudo o que seja necessário para tentar sujar a imagem de seus desafetos.

Essa prática é muito mais comum do que gostaríamos, circula em suas formas mais populares e cotidianas, através da fofoca, por exemplo. – raramente uma fofoca é fiel à realidade, vem sempre associada ao fel da maldade e ao sabor da inveja… – circula também em suas formas mais elaboradas, onde verdadeiros planos e complôs são armados para atingir pessoas-alvo.

Se você for vítima de calúnia e difamação, o que fazer?

Sua reação deve ser proporcional ao dano causado pela calúnia e/ou difamação:

  1. Se as pessoas para as quais forem ditas calúnias a seu respeito, conhecem você suficientemente bem, não faça nada. O caluniador está passado seu próprio atestado de mau caráter.
  2. Quanto às pessoas que não conhecem você tão bem, explique-se somente àquelas que merecem sua consideração, respeito e estão diretamente envolvidas com você.
  3. Nos ambientes de trabalho, justifique-se somente com as pessoas às quais você responde hierarquicamente e colegas verdadeiros. Esclareça as calúnias que podem prejudicar você profissionalmente. Mantenha tudo na esfera profissional, trate dos fatos, não das pessoas caluniadoras.
  4. Se os prejuízos atingem sua liberdade ou prejudica gravemente o desenvolvimento normal e saudável de sua vida pessoal e profissional, contrate um bom advogado e aja judicialmente.
  5. Nos demais caso e, para as demais pessoas, não faça nada! Não se justifique, explique… – nada, absolutamente nada. Pessoas que não te conhecem, à medida que te conhecerem, saberão que o que ouviram era calúnia. Caluniadores são sempre desmascarados com o passar do tempo, são prisioneiros de sua deformação de caráter. Eles repetirão o erro e por repeti-lo várias vezes serão descobertos, como ocorre com todos os tipos de mentirosos.

Lembre-se de quatro questões muito importantes:

  1. Ninguém e nada do que disserem a seu respeito poderá diminuir o seu real valor.
  2. Nada nem ninguém podem fazer você se sentir inferior, magoado ou depressivo sem que você permita.
  3. O tempo é o maior aliado da verdade. Nenhuma mentira, calúnia ou difamação resistem à ação do tempo!
  4. Sua melhor resposta é sua história de vida. Viva como alguém moralmente superior, pratique a virtude, ame e faça o bem e nada poderá destruir esse patrimônio espiritual!

Na vida encontramos dois grupos de pessoas:

  1. As interessantes, que fazem as coisas acontecerem;
  2. As desinteressantes que tentam impedir o sucesso do primeiro grupo.

Essas pessoas que estão ocupadas demais inventando coisas sobre sua vida são muito pobres, não possuem nada de interessante em suas próprias vidas, por isso estão tão interessadas na sua!

Na sequência reproduzo para você o texto Pedras e Frutos que escrevi para meu livro Atitudes Vencedoras. Ele sintetiza nossa reflexão de hoje.

Pedras e frutos

Não se atiram pedras em árvores sem fruto; toda tentativa de apedrejamento visa sempre derrubar os frutos.
Inocente ignorância dos apedrejadores, porque, mesmo conseguindo o feito, se esquecem de que os frutos caídos no chão experimentarão o tempo e a decomposição e voltarão a frutificar, de uma ou de outra maneira, pois cada semente dá origem à essência interior que carrega.
Já as pedras caídas no chão permanecerão pedras, e as mãos que as atiraram terminarão vazias, tão vazias quanto o coração e a alma que lhes ativaram o movimento.

HÁ UM CAMINHO POR TRÁS DE CADA PORTA

Texto de Carlos Hildsford

As portas não se abrem sempre da mesma maneira. Os mesmos caminhos que nos levam ao êxito podem também ocasionar o fracasso. A substância que cura também pode matar. Tudo é uma questão da dose, do momento, da aplicação…

Veja o caso da repetição: repetir é uma das condições necessárias à aprendizagem.

Dizemos que alguém aprendeu determinada função, ação ou conhecimento, quando é capaz de repetir em situações idênticas ou semelhantes, a mesma sequência, raciocínio ou processo.

Porém, nossa capacidade de repetir nos conduz inúmeras vezes ao engano.

Aprendemos como abrir uma porta, generalizamos este processo e começamos a abrir todas as portas fechadas que encontrarmos… Até que um dia encontramos uma porta que, em várias tentativas, simplesmente, não abre…

Fomos enganados pelo hábito da repetição. Simplesmente, a maçaneta está ao contrário, ou o sentido da chave está invertido. O fato é que ficamos algum tempo paralisados, pensando porque a porta não abre se fizemos tudo direito?

Quando “congelamos” no processo de repetição, ocorreu apenas uma fase do processo de aprendizagem, mas não a mais importante delas: aquela que dá origem, conhecimento.

O conhecimento nos permitirá utilizar respostas diferentes diante de novos desafios.

Foi assim que reagimos diante da porta:

As portas se abrem girando a maçaneta para a direita. Estou diante de uma porta. Giro a maçaneta para a direita e a porta não abre, logo… Não posso abrir essa porta.

Quando o mais correto seria reagirmos assim:

Uma grande quantidade de portas se abre girando a maçaneta para a direita.

Estou diante de uma porta. Giro a maçaneta para a direita e a porta não abre…

Bom… Que tal tentar girar para a esquerda?

Sim, posso abrir essa porta, basta compreender como está fechada, ao invés de ficar repetindo as maneiras como abri as portas anteriores.

É extremamente simples! Na vida, as portas não se abrem sempre da mesma maneira.

Com base neste raciocínio, pare e reflita: quais são as portas que não se abrem na sua vida?

• Você está preso à solidão? Abra a porta para estabelecer relacionamentos.

• Está preso no quarto escuro da mágoa? Abra as portas do perdão.

• Se encontra confinado aos acontecimentos passados? Abra a porta do presente.

• Sente-se aprisionado pelo seu potencial atual? Abra as portas do aprendizado de coisas novas.

Sim, eu sei, você vai me dizer que já tentou fazer isso várias vezes, mas as portas não se abriram, parecem estar emperradas… Mas, espere um pouco… Será que você girou a maçaneta para o lado certo?

O fato das coisas não darem certo em noventa e nove tentativas, não significa que não darão certo na centésima, especialmente se você tentar de uma forma diferente.

Não viva aprisionado às generalizações. Você não é uma estatística, é um ser de potencial ilimitado.

Não se esqueça também que você pode mudar de porta… As portas que não se abrem servem para duas coisas básicas em nossas vidas:

1) Testar nossa perseverança, garra e inteligência em abri-las;

2) Fazer-nos perceber que nosso caminho não passaria por aquela porta, que estávamos diante da porta errada.

Só os mais experientes e mais sábios descobrem rapidamente a diferença. A maioria das pessoas se engana: insiste na porta errada e desiste da porta certa. Preste atenção nisso!

Labirinto de portas

A vida é um labirinto de portas. Para cada uma que você abrir, outra surgirá, e o que está por trás de cada uma delas, jamais será a mesma coisa. Nem você será o mesmo, dependendo das portas que escolher…

Entre todas essas portas, existe uma fundamental: aquela que só abre por dentro e dá acesso ao seu coração. É por essa porta que entram a Luz de Deus, o seu verdadeiro amor, os amigos.

E é por ela que você sai do passado, abandona suas mágoas, frustrações e limitações e parte na direção de novas possibilidades e oportunidades.

Essa porta que só abre por dentro também parece não abrir em determinadas situações: inverta o sentido da maçaneta! Porque, na vida, é perdoando que se é perdoado, é amando que se é amado, é dando que se recebe.

Abra as portas do coração e da alma e, em seguida, vá abrindo todas as portas significativas que a vida colocar à sua frente, menos aquelas que sua própria alma e coração disserem não ser para você!

Não se preocupe em saber a diferença agora. O tempo, a experiência e, sobretudo, um coração humilde lhe ensinarão a reconhecer a diferença.

Há uma porta esperando para ser aberta neste exato momento, só depende de você!

Fonte: www.vyaestelar.com.br