A GENTE FAZ O QUE DIZ?

Boa tarde, Pessoal

Tudo bem com vocês?  Espero que sim…  Apesar da derrota do Aécio, estou bem!! rsrsrsrsrs

Mas deixando a política de lado, ontem a noite passeava pelo Yahoo quando me deparei com esse texto maravilhoso da  Fernanda Pompeu, no Blog Mente Aberta.  Espero que gostem!!

Beijocas e uma linda tarde de sol para todos nós.


Pergunta honesta: eu pratico o meu discurso? Nem sempre. Mas cada vez mais. Uma das qualidades do envelhecimento pessoal é nos tornarmos mais sinceros. Amadurecer nos faz menos crentes nas declarações de intenções, nos programas de governos, nas cartas ao povo brasileiro, nos delírios dos amigos. Promessa só vale depois de paga.

Gastei muito tempo para compreender que uma boa ideia é só uma boa ideia. Mesmo quando vêm em roupagens modernas e atraentes. Se a ideia não conseguir passar para o plano prático, para as curvas sinuosas da realidade, seguirá prisioneira do cérebro de quem a concebeu. Será uma montanha de neve que o sol acabará derretendo.

Hoje, ao pensar em um projeto começo imediatamente uma pesquisa. Listo os elementos necessários para acordar o sonho: demandas, parceiros, recursos, estratégias. Não estou falando em iniciar um negócio. Refiro-me à execução de qualquer ideia, entre elas, as pequeninas. Da assadura de um bolo de aniversário, criação de um blog, divulgação do próprio trabalho.

A alegria não está na ideia, está no fazer. Tanto é que muitas ideias nascem quando estamos tristes, ou sem bússola de caminho. Elas gostam de vicejar em momentos de crise pessoal, política, financeira. Nas fases em que tudo parece dar errado, as ideias dizem presente!  Porque nossa cabeça sempre procura formas de sobrevivência e superação.

Na época em que eu escrevia roteiros para vídeos e programas de TV, vivia sonhando em escrever um livro de ficção em torno do golpe de 1964. Mas nunca encontrava a concentração inspiradora. Tudo o que eu tinha era apenas a ideia. Mas ao perder meu último cliente, e encarar o “desemprego”, comecei a escrever o livro. E terminei.

É evidente que é não necessário ficar desempregado, terminar o casamento, mudar de país, implantar todos os dentes para pôr as ideias na roda do fazer. Praticar o que dizemos pode acontecer sem dramaticidades. É questão de exercitar. Também de não temer descartar uma ideia que nasceu com vocação de morrer como ideia.

Ideias voam. Realizações ficam. Na maioria das vezes, o que realizamos fica aquém daquilo que idealizamos inicialmente. Mas isso não é exatamente um problema. Na próxima vez, vamos melhorar. A vida é obra aberta. Em construção. Mas ela é obra, não canteiro de ideias.

 

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