“Fuja de tudo com potencial de provocar sofrimento. Deixe de ser pretensioso nos seus planos e sonhos. Evite a cobiça e a inveja. Cultive a saúde, o conforto e o bem-estar. Não se preocupe demais com o passado nem com o futuro. Tudo se transforma. Não deixe transparecer ódio nem raiva, expressões pouco inteligentes. Observe quem está em situação pior que a sua.
”A felicidade completa e positiva é impossível; em vez dela, pode-se esperar apenas um estado relativamente menos doloroso. A compreensão disso, porém, pode contribuir em muito para nos fazer desfrutar o bem-estar que a vida concede. Além disso, é muito raro que os próprios meios úteis a tal objetivo estejam em nosso poder.
A saúde pode substituir tudo, mas nada pode substituí-la. Sem ela [saúde] não se pode experimentar nenhuma felicidade externa, que, portanto, não existe para quem a possui mas está doente. Com saúde, tudo é uma fonte de prazer. Por isso, um mendigo saudável é mais feliz do que um rei doente.”
Este são trechos do livro de Arthur Schopenhauer, do Coleção Breves Encontros, o livro A ARTE DE SER FELIZ, reune uma série de pensamentos que ensinam como viver com o máximo de felicidade possível num mundo em que “a felicidade e o prazer são apenas quimera, mostradas à distância por uma ilusão, enquanto o sofrimento e a dor são reais e se manifestam diretamente por si, sem a necessidade da ilusão e da espera
Esses conselhos fazem parte da fórmula da felicidade na visão de um filósofo do pessimismo. O livro reúne o material que Arthur Schopenhauer (1788-1860) escreveu sobre o desejo máximo da humanidade. Esses escritos só vieram a público após a morte do pensador, amado pelos artistas como o compositor alemão Richard Wagner, para quem Schopenhauer era o maior filósofo desde Kant.
O livro traz 50 máximas. Antes de apresentá-las, a obra faz uma introdução sobre o pequeno manual de pérolas de sabedoria. Aqui descobrimos por que na Alemanha não havia, na época, interesse em publicá-lo. Havia a avaliação de que ninguém iria querer aprender felicidade com um professor de pessimismo.
Aos sete anos, Schopenhauer perdeu o pai. A mãe, romancista, o criou em salões frequentados por escritores e intelectuais. Para ele, a arte tem a suprema função de ajudar a entender o mundo e nosso papel nele. Na sua visão, o verdadeiro artista é desinteressado em seu trabalho, ou seja, não tenta criar um fruto tão tentador que nos dê vontade de comê-lo, mas simplesmente apresenta a beleza pura do objeto
No livro, Schopenhauer revela que “viver feliz” é uma impossibilidade. Desde a hora do nosso nascimento, estamos morrendo. Para ele, buscar a felicidade seria, no máximo, reduzir o número de ocorrências da dor em nossa existência, driblar situações desgastantes, impedir que nossa vaidade, orgulho, arrogância e prepotência nos empurre para embates inúteis, que nos distanciam da serenidade de espírito.
Coleção: Breves Encontros
Título: A Arte de Ser Feliz
Autor: Arthur Schopenhauer
Editora: Martins Martins Fontes
Edição: 1
Onde encontrar: http://livraria.folha.com.br/catalogo/1058930/a-arte-de-ser-feliz
Esta dica foi enviada pela nossa leitora Janaína Aparecida do Paraná, o texto aqui postado foi coletado na Livraria da Folha. Espero que gostem da dica, aqueles que já leram o livro e quiserem compartilhar sua opinião, por favor escrevam para alopeciabrasil@hotmail.com ou alopeciabrasil@gmail.com.
Beijocas,
Claudinha