CALVÍCIE FEMININA PODE ESTAR ASSOCIADA À SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS

O contexto é bastante comum nas clínicas de dermatologia. A mulher vai se consultar porque notou que está perdendo cabelo, comprometendo sua estética e sua auto-estima. Durante a consulta clínica, associada aos exames de sangue, o diagnóstico pode ser desde doenças do couro cabeludo (micose ou dermatite), anemias, estresse, alterações nos níveis de hormônios masculinos no sangue, até o resultado menos esperado: Síndrome dos Ovários Policísticos

(SOPC). Apesar de acometer apenas cerca de 10% das mulheres do continente americano, segundo consenso do National Health Institute em 1992, a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOPC) não tem cura, mas é perfeitamente controlada através de medicamentos.

O dermatologista Ademir Carvalho Leite Junior, especialista na Síndrome dos Ovários Policísticos pela Universidade da Virgínia (EUA), explica que essa doença, de causa genética, é um defeito do metabolismo da insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, que altera os níveis de alguns hormônios na mulher, causando uma série de manifestações físicas e até psíquicas.A doença atinge ovários, útero, tecido adiposo, pele e até a parte psicológica da mulher, comprometendo a auto-imagem e sua qualidade de vida.

“A portadora da Síndrome dos Ovários Policísticos apresenta uma disfunção hormonal importante trazendo problemas como a perda de cabelo, o aumento de pêlos no corpo, acne, seborréia, alterações menstruais ou sangramento uterino acentuado, infertilidade, obesidade, diabetes, aborto espontâneo nos primeiros meses da gravidez e outras sérias conseqüências que, se não diagnosticadas, podem evoluir para a hipertensão arterial, risco de doenças

cardiovasculares e até câncer de mama”, diz o especialista. “A doença eleva também os níveis de andrógenos, e com isso o desenvolvimento de alguns padrões masculinos nesta paciente, como o aumento da massa muscular e até do tamanho do clitóris, deposição de gordura na região abdominal e inibição no crescimento das mamas”, acrescenta.

Segundo o médico, na maioria das vezes a doença pode ser subdiagnosticada ao exame de sangue e à ultrassonografia por apresentar resultados que estão dentro dos índices de normalidade. “Por isso a importância de um acompanhamento clínico rigoroso” afirma o doutor Ademir Carvalho Leite Junior. Para elucidar, o médico fala de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, reunindo uma amostra de mulheres onde 20% das consideradas normais clinicamente, apresentaram policistos nos ovários detectados pelo ultra-som.

Por outro lado, 60% das mulheres consideradas portadoras da doença apresentavam ultra-som sem sinais de cistos ovarianos. “O diagnóstico da Síndrome dos Ovários Policísticos, em 95% dos casos, se dá pela clínica apresentada pela paciente e conta com o auxílio do exame de sangue”, acrescenta o médico.

O tratamento medicamentoso e não invasivo vai regular o sistema hormonal da paciente fazendo com que ela passe a ovular e a ter ciclos normais, diminuindo as manifestações clínicas gerais e dermatológicas, com significativa melhora em sua qualidade de vida.

Fonte: www.clubedoscarecas.com.br

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Um comentário sobre “CALVÍCIE FEMININA PODE ESTAR ASSOCIADA À SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS

  1. Luciana maria de Gaspari P Costa sábado, 23 abril 2011 / 11:16

    Ola tenho 30 ano e 3 anos de casamento…. sou protadora de AA universal a 2 anos. Tomei muitas injeçoes, engordei, tive panico, depressao…. Agora estou tentando engravidar, fiz tds exames e esta td normal, mas isso ja faz 1 ano, essa dificuldade tem haver cm a AA? obrigada…

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