DOENÇAS QUE VEM COM O FRIO

Por Claudia Grycak

Casa arejada, sem carpetes e limpa é fundamental para manter crianças e adultos livres de uma doença que atinge de 10 a 12 milhões de brasileiros: a alergia. A chegada do inverno faz aumentar o número de casos em razão da maior presença no ar de agentes que causam o problema.

A baixa temperatura e o aumento da umidade do ar propiciam o aumento dos alérgenos, partículas como mofo, poeira, ácaros e fungos que causam reações alérgicas. Além disso, no inverno as pessoas costumam ficar mais tempo em ambientes fechados, o que também propicia as alergias – explica Teresa Seiler, que é doutora-professora de Alergia e Imunologia da Escola Médica da PUC.

O caso se agrava nos meses de junho, julho e agosto, quando as pessoas permanecem mais agrupadas e utilizam com freqüência cobertores, casacos e roupas guardados há muito tempo e, não raro, com mofo. As principais medidas preventivas são o diagnóstico precoce e o tratamento adequado dos sintomas, passando pela identificação dos principais fatores precipitantes, através da análise do ambiente domiciliar e das histórias ocupacional e clínica.

Segundo Teresa Seiler, a maior preocupação dos especialistas é a asma. Estimativas mostram que cerca de 50 milhões de pessoas sofrem da doença no país. Somente no Sistema Único de Saúde (SUS) são registradas 350 mil internações por ano.

Temos novos medicamentos no mercado que têm se mostrado bastante eficazes. É o caso do tratamento à base de bronco-dilatadores de longa duração associados a antiinflamatórios e também dos antileucotrienos. A asma deixou de ser um tabu, e, hoje, é algo tratável – observa Teresa.

Mas como diferenciar se os sintomas são de alergia ou de um simples resfriado?

 Tecnicamente o resfriado comum é uma infecção de vias aéreas superiores com maior número de sintomas sistêmicos e risco principalmente para a população idosa. Devemos estar atentos a manifestações alérgicas em pessoas que estão o tempo todo resfriadas. A diferenciação por vezes é difícil e requer uma avaliação especializada – alerta o pneumologista Gustavo Nobre.

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