Boa Tarde, Pessoal!!
Tudo bem com vocês?? Espero que sim…
Recebi hoje um e-mail da minha enteada mais nova, a Barbara, e gostaria de dividir com vocês, espero que gostem, eu adorei. Reflitam um pouco sobre esse fato.
Um super beijo, Claudinha
Na guerra pelo progresso, o homem não mede esforços e as consequências dos seus atos. O importante é avançar. Numa batalha desigual, destrói insanamente os recursos naturais, essenciais à sobrevivência. A resposta da natureza pode até demorar, mas não falha. Às vezes, é imediata, intrigante ou mesmo desafiadora. Só precisamos interpretá-la.
Num ato silencioso e inusitado, ela respondeu aos afiados machados e às violentas motoserras, maiores formas do desrespeito destruidor. Insistiu e exigiu seu espaço para expor a beleza de suas flores e a generosa sombra da sua capada, numa grande demonstração de energia e desejo de viver.
Derrubado e transformado em poste para suporte dos fios da rede elétrica, o Ipê amarelo não se entregou. Com uma reação estupenda, recuperou sua pompa e reinado de árvore símbolo nacional. Rebelou-se à condenação injusta, criou suas raízes no solo e voltou a reinar absoluto, esbanjando alegria e beleza com sua identidade marcante.
Reconsiderando o seu ato, o homem decidiu transferir a rede elétrica a um poste de concreto instalado ao lado. Agora o Ipê reina livre dos fios. Este Ipê, que pode ser honrado com “i” maiúsculo, é uma atração pública em Porto Velho, capital de Rondônia, distante 3.500 quilômetros de Porto Alegre.
Doce privilégio dos moradores do bairro, a exemplo do fotógrafo amador Leandro Barcellos, gaúcho de Passo Fundo que reside em Porto Velho e nos cede a imagem para saboreio dos eletricitários gaúchos. Com forte herança dos povos latinos, durante algumas décadas. Rondônia exerceu forte poder de atração sobre sulistas e nordestinos para exploração mineral, extrativismo e agricultura, desenvolvendo uma nova cultura miscigenada.
Não aceitando a imposição do homem, o Ipê fincou pé e readquiriu vida!!