ALOPÉCIA X CONVÊNIO MÉDICO

Por Claudia Grycak

Vocês já tiveram problemas com o convênio médico na hora de tratar a alopécia??  Pois é, queridos leitores, essa é uma questão que até hoje me incomoda.

Há 10 anos fazia parte de um dos melhores convênios médicos existentes, pagava religiosamente todos os boletos, nunca atrasava, afinal de contas todos precisamos de um bom atendimento.  O convênio era muito caro, mas como eu entrava com uma pequena participação pela empresa, podia me dar ao luxo de mantê-lo.

O convênio foi o melhor até eu precisar fazer procedimentos para tratar da alopécia!!! A médica que me tratava na época solicitou autorização para fazer aplicações intralesionais e justificou a solicitação colocando o diagnóstico de Alopécia Areata.  Adivinhem qual foi a resposta do convênio??  NÃO!!!

Negaram o pedido umas 3 vezes, ingenuamente, achando que se tratava de um procedimento caro, liguei para o convênio solicitando esclarecimentos para fazer o tratamento particular e pegar o reembolso de parte dos gastos e para a minha surpresa o convênio negou-se a passar as informações alegando que o meu problema era estético e que eles não cobririam o tratamento de forma alguma.  Nem preciso dizer a vocês que virei o capeta na hora  né?!!!  Como é que eles tinham a coragem de tratar a alopécia como um problema estético?? 

Arrumei uma briga gigantesca com o convênio, porque, além de não autorizarem os procedimentos, com o tempo começaram a me negar até mesmo a realização de outros exames que a médica solicitava.  Como tomava uma quantidade razoável de corticóides, precisava realizar todos os meses exames para controlar os males que a medicação trazia, e era uma batalha para conseguir autorização para fazê-los.  Tratamento com psiquiatra então nem pensar.

O que será que passava na cabeça da criatura que tinha criado as regras do convênio??  Não faltando o respeito com quem sofre de tricotilomania, mas será que eles achavam que eu arrancava os fios um a um pelo puro e simples prazer de ir ao médico levar “picadas” na cabeça??  

Resolvi ler as letras miudas do meu contrato e adivinhem:  eles não cobriam tratamentos capilares.  Mas como não especificavam o tipo de tratamento, orientada por um advogado na época, procurei a administração do convênio, levei meus exames, levei um laudo da médica, depois de muita conversa não consegui fazer as infiltrações por eles, mas fazia todos os outros procedimentos sem  maiores problemas.  Hoje me arrependo de não ter acionado a empresa na justiça, mas estava abalada demais psicologicamente para enfrentar uma briga nos tribunais.

Por isso, quando forem fechar uma prestação de serviço de assistência médica leiam atentamente o contrato, entendam de “cabo a rabo” todas os pingos, vírgulas e entrelinhas do contrato para não comprarem gato por lebre.

Depois de algum tempo troquei de assitência médica e esta me autorizou a fazer todos e qualquer procedimento que necessitei, sem colocar impecilhos.

E vocês já tiveram algum problema na hora de fazer o tratamento pelo convênio médico??  Caso positivo, nos escrevam, dividam a sua experiência!!

Que todos tenham um ótimo dia.

Beijocas, Claudinha

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